Nástio Mosquito lança novo álbum e invade o MoMA

A 15 lançará digitalmente o segundo álbum Gatuno e Eimigrante & Pai de Família.

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Setembro vai ser em grande para ele. A 15 lançará digitalmente o segundo álbum Gatuno e Eimigrante & Pai de Família e a 23 de Setembro será um dos destaques do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) com a inauguração de Projects 104: Nástio Mosquito, do qual consta Respectable Thief, o seu novo trabalho no campo da arte contemporânea.

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Setembro vai ser em grande para ele. A 15 lançará digitalmente o segundo álbum Gatuno e Eimigrante & Pai de Família e a 23 de Setembro será um dos destaques do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) com a inauguração de Projects 104: Nástio Mosquito, do qual consta Respectable Thief, o seu novo trabalho no campo da arte contemporânea.

Com uma prática multidisciplinar entre a música, a performance, o vídeo, a instalação e a poesia, o luso-angolano Nástio Mosquito, 35 anos, actualmente a residir na Bélgica, prepara-se para lançar o sucessor de Se Eu Fosse Angolano (2013), o álbum que o deu a conhecer junto de um público mais alargado em Portugal.

O disco terá 10 canções – para as quais foram produzidos oito vídeos filmados em Luanda – e foi registado em Portugal nos estúdios da editora Meifumado, resultando daí uma obra mais orgânica do ponto de vista musical, privilegiando-se o formato tradicional da canção em inglês. “O novo álbum é, em simultâneo, um segundo capítulo do anterior, ao mesmo tempo que foi também uma possibilidade de explorar e fazer de outra maneira”, disse ao Ípsilon. “A forma concisa como gravámos é reflexo de um novo processo de aprendizagem, mas também existem linhas de continuidade, ao nível sonoro e não só, porque volto a focar as questões da identidade, até pelo facto de ter voltado a viver na Europa e de estar mais exposto aos problemas do Ocidente.”

Até 25 de Setembro, na Fundação Prada, em Milão, ainda será possível ver-se a sua mais recente exposição, Template Temples Of Tenacity, que combina instalações, projecções de vídeos e performance, mas o seu novo desafio no campo da arte está direccionado para o MoMA, naquela que será a sua primeira grande apresentação a solo num museu americano.

Essa apresentação terá várias componentes. A 23, no Roy and Niuta Titus Theaters, haverá uma performance ao vivo, ao mesmo tempo que será inaugurada uma instalação-vídeo no terceiro andar da instituição e intervenções no espaço do museu. “É de certa maneira o terminar de um capítulo por mim iniciado em 2002 quando me mudei para Luanda, reflectindo o meu posicionamento nos últimos anos de que é possível chegar aqui com convicção e paciência, sem galeria, manager ou agente, apenas com a minha pequena estrutura que começou em Angola. Nesse sentido é também uma celebração e espero também que o seja para as pessoas que foram apostando no meu trabalho. Por outro lado, é apenas mais uma etapa profissional. Há uma exposição, uma performance e vou intervir nos ecrãs ao longo do museu e tenho uma peça no audioguide das crianças. De alguma forma vou invadir o museu de ponta a ponta o que é, em simultâneo, uma oportunidade e uma aprendizagem para mim.”

A exposição estará patente no MoMA até 30 de Outubro.