Doping afastou todos os russos do Rio de Janeiro

Envolvimento de atletas paralímpicos no escândalo de doping no país levou à exclusão total do Comité Paralímpico russo.

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A Rússia ficou de fora dos Jogos Paralímpicos Reuters

Dos 267 russos que estava previsto participarem nos Jogos Paralímpicos, nem um único estará presente no Rio de Janeiro, já que, no início de Agosto, o Comité Paralímpico Internacional (CPI) decidiu excluir do evento o Comité Paralímpico russo, devido ao escândalo de doping patrocinado pelo governo daquele país. O CPI baseou-se no relatório McLaren, que denunciou que 27 amostras de urina foram manipuladas nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2014, em Sochi.

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Dos 267 russos que estava previsto participarem nos Jogos Paralímpicos, nem um único estará presente no Rio de Janeiro, já que, no início de Agosto, o Comité Paralímpico Internacional (CPI) decidiu excluir do evento o Comité Paralímpico russo, devido ao escândalo de doping patrocinado pelo governo daquele país. O CPI baseou-se no relatório McLaren, que denunciou que 27 amostras de urina foram manipuladas nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2014, em Sochi.

Ao contrário do que aconteceu nos Jogos Olímpicos, em que apenas o atletismo russo foi completamente afastado, agora, a decisão foi mais severa - a decisão do Comité Olímpico Internacional foi de não banir por completo a Rússia e de deixar o veredicto sobre a presença ou não dos atletas para as federações internacionais de cada modalidade, o que permitiu à Rússia ter 278 atletas no Rio de Janeiro que conquistaram 56 medalhas (19 de ouro, 18 de prata e 19 de bronze). A exclusão russa motivou fortes críticas das mais altas individualidades daquele país. “É uma decisão desprovida de justiça, moral e humanidade”, disse o presidente Vladimir Putin quando soube que o recurso apresentado pela Rússia no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) tinha sido rejeitado. Ainda mais crítico foi o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que acusou “certos líderes do movimento paralímpico” de quererem “afastar fortes competidores”, considerando a decisão “um duro golpe, não apenas para os russos, mas para todas as pessoas com deficiência”.

Já o presidente do CPI, Philip Craven, defendeu a decisão ao afirmar que o sistema antidoping russo “é corrupto e está completamente comprometido” e que o dia em que o TAD emitiu a decisão final era “um dia triste para o movimento paralímpico”. “Mas esperamos que seja um novo início. Esperamos que esta decisão actue como catalisador da mudança na Rússia e que possamos voltar a dar as boas-vindas ao Comité Paralímpico russo, sabendo que ele está a cumprir as suas obrigações de assegurar competição justa para todos”, afirmou.

Assim, ficam fora de competição atletas que seriam garantia de medalhas para a Rússia como Margarita Goncharova, que se sagrou campeã paralímpica em Londres nos 100 metros para atletas com paralisia cerebral, Evgenii Shvetsov, que conquistou três ouros há quatro anos, nos 100, 400 e 800 metros também para atletas com paralisia cerebral, Olesya Vladykina, dominadora dos 100 metros bruços ou Valeriia Shabalina, detentora dos recordes do mundo dos 200 metros livres e 200 metros estilos, ambos conseguidos em Portugal, em Maio.