Marcelo aconselha Costa e Passos a lerem Elena Ferrante
O Presidente elogia a obra, que está a ler, e diz que este tipo de leitura faz bem à classe política
Em dia de inauguração da Feira do Livro do Porto, nos jardins do Palácio de Cristal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recomendou ao primeiro-ministro, António Costa, e ao líder da oposição, Passos Coelho, a leitura da tetralogia da escritora Elena Ferrante A Amiga Genial, que “faz a história da Itália do pós-guerra até ao presente”.
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Em dia de inauguração da Feira do Livro do Porto, nos jardins do Palácio de Cristal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recomendou ao primeiro-ministro, António Costa, e ao líder da oposição, Passos Coelho, a leitura da tetralogia da escritora Elena Ferrante A Amiga Genial, que “faz a história da Itália do pós-guerra até ao presente”.
Marcelo Rebelo de Sousa, que está actualmente a ler o terceiro volume desta obra, entende que este tipo de leitura melhora o “enriquecimento cultural” da classe política. “Primeiro porque não tem a ver directamente com a política e depois porque dá um retrato da evolução de uma relação entre duas amigas, e, no fundo, de uma geração, ao longo de décadas”, adiantou o Presidente. Depois de dar um cheirinho sobre o teor da obra, e porque o Governo está a preparar o próximo Orçamento do Estado (OE), o Presidente disse em tom de graça que os quatro volumes dão “para encher a execução orçamental de 2016, a preparação do OE para 2017 e, se forem muito lentos, o começo da execução do OE para 2017”.
Também no discurso que fez na inauguração da Feira do Livro Marcelo defendera a importância da dimensão cultural na governação, vincando ao mesmo tempo que a "falta de um universo cultural é uma limitação imensa para quem é servidor do povo". "Eu não entendo que se possa ser governante sem se apostar na cultura", atirou. E perante uma cidade que se ressentiu dos 12 anos (os três mandatos de Rui Rio) em que a Câmara do Porto e a Cultura não andaram de mãos dadas, Marcelo felicitou o actual presidente, Rui Moreira, por cumprir um compromisso assumido há três anos "que se traduzia na concretização desta feira do livro". "Assumir compromissos é cartão de apresentação cívica de quem exerce actividades públicas", destacou.
Antes, o próprio Rui Moreira salientara que em 2014 anunciou que a “Câmara Municipal do Porto iria assumir a organização da Feira do Livro pela primeira vez em mais de 80 anos, que esta teria um cunho cultural além do mercado do livro e que passaria a decorrer nos jardins do Palácio e Cristal”. A Feira do Livro do Porto termina no dia 18 de Setembro.