Obama no atol de Midway para falar de ambiente e dar um sinal à China
No meio do oceano Pacífico, na maior reserva marinha do mundo, o Presidente norte-americano tentou sensibilizar para os efeitos das alterações climáticas.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, fez escala no atol de Midway, precisamente a meio do oceano Pacífico, no coração da maior reserva marinha do mundo, como um gesto simbólico para recordar a necessidade de proteger espécies vulneráveis dos efeitos das alterações climáticas. Mas ao deixar-se fotografar contra o azul eléctrico do mar e a areia branca da praia, enviou também um sinal para a China, sobre a posição de força de que os Estados Unidos não abdicam no Pacífico.
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O Presidente norte-americano, Barack Obama, fez escala no atol de Midway, precisamente a meio do oceano Pacífico, no coração da maior reserva marinha do mundo, como um gesto simbólico para recordar a necessidade de proteger espécies vulneráveis dos efeitos das alterações climáticas. Mas ao deixar-se fotografar contra o azul eléctrico do mar e a areia branca da praia, enviou também um sinal para a China, sobre a posição de força de que os Estados Unidos não abdicam no Pacífico.
“É uma mensagem, um sinal de que os EUA têm um compromisso com o Pacífico, e não estão dispostos a afastarem-se”, disse à Reuters o historiador naval Tom Hone, que estudou a batalha de Midway, na II Guerra Mundial, que se passou entre 4 e 7 de Junho de 1942, seis meses antes do ataque japonês a Pearl Harbour, que fez com os EUA entrassem na guerra na Europa e no Pacífico.
O Presidente norte-americano parou no atol, no extremo Nordestedo arquipélago do Havai a três horas de Honolulu, onde ele nasceu, porque vai a caminho de Hangzhou, na China, que acolhe a cimeira dos 20 países mais ricos do mundo (G20) e de se encontrar com o Presidente Xi Jinping.
Mas, com a sua estadia na Casa Branca no fim, Obama quer também cimentar a sua herança ambiental. Uma visita à reserva de Papahanaumokuakea – ainda que criada em 2006 pelo seu antecessor, George W. Bush, Obama acaba de anunciar a quadruplicação da sua área – é uma forma de o fazer.
Um desfile de 18 carrinhos de golfe com o Presidente, os serviços secretos e muitos jornalistas passearam-se pelo atol, deram tartarugas verdes (Chelonia mydas) a sair da água para apanhar sol em terra. “Quando eu era pequeno, estas tartarugas eram comuns. Agora quase nunca se vêem assim, a apanhar Sol”, comentou o Presidente, puxando pelas suas memórias de infância no Hawai.
Obama tem tentado fazer com os americanos se interessem mais pelo ambiente e pela ameaça das alterações climáticas. Mas menos de 5% dos eleitores dizem que o ambiente é o assunto mais importante para o país, segundo uma sondagem Ipsos/Reuters feita entre 24 de Julho e 21 de Agosto, e 35% reconhecem que o aquecimento global não alterará o seu sentido de voto nas eleições.