Região de Coimbra defende investimentos no complexo de Conímbriga
Projecto de valorização das ruínas está orçado em três milhões de euros e o município espera apoio do Governo.
A autarquia de Condeixa-a-Nova anunciou hoje que os 19 municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal (CI) da Região de Coimbra assinaram uma missiva de apoio à realização de investimentos no complexo das ruínas de Conímbriga. No documento, assinado na quinta-feira, os autarcas da CIM de Coimbra comprometeram-se "a interceder e a manifestar junto do Ministério da Cultura o interesse regional e nacional da segunda fase do projeto Desenvolvimento Infra-estrutural do Programa Museológico de Conímbriga".
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A autarquia de Condeixa-a-Nova anunciou hoje que os 19 municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal (CI) da Região de Coimbra assinaram uma missiva de apoio à realização de investimentos no complexo das ruínas de Conímbriga. No documento, assinado na quinta-feira, os autarcas da CIM de Coimbra comprometeram-se "a interceder e a manifestar junto do Ministério da Cultura o interesse regional e nacional da segunda fase do projeto Desenvolvimento Infra-estrutural do Programa Museológico de Conímbriga".
A Câmara de Condeixa-a-Nova estabeleceu, em Junho de 2015, um protocolo de colaboração com a Direcção-Geral do Património Cultural para a concretização da segunda fase daquele projecto, nomeadamente a ampliação da área visitável das ruínas, a criação de condições de acesso ao anfiteatro e novos percursos de circulação de público.
"Para a concretização deste protocolo, para além do esforço financeiro do município de Condeixa, importa ter a vontade política do Governo, nomeadamente do Ministério da Cultura, para a cativação da verba nacional necessária à concretização do projecto, cujo valor global orça em cerca de três milhões de euros, co-financiados por fundos comunitários", explicou o presidente da câmara, Nuno Moita, citado no comunicado da autarquia.
Segundo o autarca, "é fundamental que o Governo perceba a dimensão e o impacto que estes investimentos, reclamados há mais de 20 anos, representam para o desenvolvimento cultural, turístico e económico não apenas do concelho, mas sobretudo de toda a Região Centro e do país". "A Estação Arqueológica e o Museu Monográfico de Conímbriga são, sem dúvida, o ex-líbris do município de Condeixa-a-Nova, sendo o museu mais visitado em Portugal fora da região de Lisboa, com cerca de 100 mil visitantes por ano. Porém, aquilo que está disponível para os visitantes representa apenas 1/6 do território", sublinha.
Além de Condeixa-a-Nova, fazem parte da comunidade intermunicipal os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.
Na reunião descentralizada do conselho intermunicipal realizada na quinta-feira em Condeixa, os autarcas aprovaram, de acordo com a ordem de trabalhos, o ajuste directo para a criação da Rede de oferta turística em espaços naturais — Valorização dos corredores de Património Natural da Região de Coimbra, que representa um investimento de 750 mil euros e que foi alvo de candidatura ao Programa Operacional Regional do Centro 2014-2020 (Centro 2020). Trata-se de um projecto que visa a "valorização do património natural e a afirmação da região como destino turístico de excelência, promovendo, dinamizando e qualificando a visitação a áreas classificadas, por via da melhoria das condições físicas de apoio a essa visita e sensibilização para a preservação e conservação dos mesmos valores naturais", diz ainda a nota de imprensa da Câmara de Condeixa-a-Nova.