Estado Islâmico volta a usar crianças soldado em vídeo de propaganda

Cinco menores surgem a matar outros tantos prisioneiros curdos. Uma delas é, alegadamente, britânica.

Foto
Esta não é a primeira vez que o Estado Islâmico usa crianças em vídeos de propaganda Reuters/Arquivo

Estão com os uniformes de guerra e a pequena estatura e os rostos infantis não deixam dúvidas de que são crianças-soldado. O autoproclamado Estado Islâmico voltou a usá-las na sua propaganda, com a divulgação de um vídeo na madrugada desta sexta-feira onde mostra cinco crianças a matar outros tantos prisioneiros alegadamente curdos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Estão com os uniformes de guerra e a pequena estatura e os rostos infantis não deixam dúvidas de que são crianças-soldado. O autoproclamado Estado Islâmico voltou a usá-las na sua propaganda, com a divulgação de um vídeo na madrugada desta sexta-feira onde mostra cinco crianças a matar outros tantos prisioneiros alegadamente curdos.

As crianças estão de armas em riste, mesmo atrás dos cinco prisioneiros ajoelhados, entoam palavras de guerra, e é a legenda colocada com o nome de cada uma das crianças que permite saber qual é a nacionalidade de cada uma. O rapaz de olhos azuis é identificado como “Abu Abdullah al-Britani”, o que quer dizer "o britânico". Os outros são "o egípcio", "o curdo", "o tunisino" e "o uzbeque". Mas, como recorda o Guardian na sua edição online, as identidades das crianças não foram ainda verificadas.

Esta não é propriamente a primeira vez que o Estado Islâmico divulga imagens de crianças ocidentais a participar nos seus actos de guerra. Em Fevereiro foi amplamente disseminada a imagem de uma criança de quatro anos a fazer explodir um carro armadilhado, matando os três prisioneiros que estavam no seu interior.

Essa criança foi identificada como sendo Isa Dore, filho de uma extremista britânica que viajou para a Síria em 2012. Apesar de as autoridades britânicas resistirem em identificar os cidadãos, a criança foi reconhecida por uma avó “devastada” com a participação da criança em actos bárbaros.