Recapitalização da CGD vai obrigar a Orçamento Rectificativo
A injecção de capital no banco público vai ser planeada desde imediato e a expectativa é que ocorra ainda este ano.
A nova administração da Caixa Geral de Depósitos vai entrar em funções no dia 31 deste mês e vai começar a trabalhar para pôr em prática o plano de negócios do banco público. Certo é que, tendo em conta que é preciso fazer um investimento público para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, se ela acontecer ainda este ano, vai ser preciso um Orçamento Rectificativo.
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A nova administração da Caixa Geral de Depósitos vai entrar em funções no dia 31 deste mês e vai começar a trabalhar para pôr em prática o plano de negócios do banco público. Certo é que, tendo em conta que é preciso fazer um investimento público para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, se ela acontecer ainda este ano, vai ser preciso um Orçamento Rectificativo.
A confirmação foi dada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, numa conferência de imprensa onde detalhou o plano de recapitalização da CGD. “É verdade que a concretizar-se o aumento de capital, vai ser necessário um Orçamento Rectificativo”, disse o ministro. Mais tarde confirmou que ainda não é certo que o seja ainda em 2016, mas que o Governo tem a expectativa que assim o seja. “Se fosse este ano, necessita de um Orçamento. A expectativa não é que passe para o ano que vem. O trabalho será feito de imediato e nós temos alguma expectativa que seja feito ainda este ano”, disse.
Quanto aos impactos no défice público, Mário Centeno diz que espera que não se venham a materializar esses impactos: “Implicações para o défice podem ser complexas, o que está a criar são todas as condições necessárias para que essa contingência não se venha a materializar. A Comissão Europeia aprovou como sendo em condições de mercado ou seja que não há ajuda de Estado e que essa é uma condição necessária para que não haja reflexo no défice. O objectivo é que esse resultado final seja atingido e tudo indica que assim seja”.
Na mesma conferência, o ministro garantiu que a CGD vai passar por um processo de reestruturação que inclui redução de trabalhadores através de reformas antecipadas e de rescisões por mútuo acordo. Quanto a metas, Mário Centeno deixou para o conselho de administração da Caixa.