Regresso às aulas: menos despesa, mais cartão de crédito
A despesa deverá ser de 455 euros por família. Uma parte dos entrevistados, 27%, disse que conta usar o cartão de crédito.
No fim, feitas as contas a cadernos, livros, roupa, umas sapatilhas para as aulas de Educação Física, eventualmente um computador novo, ninguém sabe ao certo qual será realmente o valor da factura. Mas dá para fazer previsões. E as famílias portuguesas estimam gastar menos do que em anos anteriores com as compras de regresso às aulas. Gastar menos, mas... usar mais o cartão de crédito.
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No fim, feitas as contas a cadernos, livros, roupa, umas sapatilhas para as aulas de Educação Física, eventualmente um computador novo, ninguém sabe ao certo qual será realmente o valor da factura. Mas dá para fazer previsões. E as famílias portuguesas estimam gastar menos do que em anos anteriores com as compras de regresso às aulas. Gastar menos, mas... usar mais o cartão de crédito.
Números: a despesa deverá ser de 455 euros por família, contra 528 euros no ano passado. E mais de um quarto (27%) dos entrevistados pretendem usar o cartão de crédito para fazer face a essa despesa, ou a parte dela, contra 25% que afirmavam o mesmo em 2015. A conclusão é do Estudo sobre as intenções de compra dos portugueses no regresso às aulas, do Observador Cetelem, empresa europeia especializada em crédito ao consumo que, anualmente, faz as contas às intenções dos portugueses nesta altura do ano.
De acordo com a informação divulgada este ano, foram feitas 600 entrevistas telefónicas a uma amostra representativa da população, conduzidas pela empresa de estudos de mercado Nielsen. Um total de 226 entrevistados tinha filhos em idade de andar na escola. E 43 entrevistados eram, eles próprios, pais e estudantes.
Outras conclusões apresentadas: há menos famílias a dizer que tem filhos no ensino privado (13% contra 15% em 2015). Ou, visto de outro modo, o número de famílias com filhos a estudar no ensino público aumentou ligeiramente em 2016 (87% vs 85% em 2015).
Uma fatia importante (48%) inicia as compras duas semanas antes do regresso às aulas, 25% com um mês de antecedência e 10% só compram quando as aulas já começaram. As papelarias são o local onde mais se vai fazer compras, seguidas dos hiper e dos supermercados.
A maior parte dos entrevistados quer comprar os manuais escolares novinhos em folha, 19% em segunda mão e 18% contam pedir emprestado a amigos e familiares. Segundo este inquérito, há menos gente em 2016 a ponderar comprar livros em segunda mão (no ano passado, uma em cada três admitia fazê-lo) e menos pessoas a pensar pedir emprestado.
Mas as despesas estão longe de acabar quando o ano lectivo começa. Os dados da Cetelem mostram que os pais disponibilizam, em média, 20 euros por semana para os filhos gastarem durante o período de aulas. E que 30% dos pais têm uma poupança para a educação dos filhos (14% esperam vir a ter).
O 1.º período para o ensino básico e secundário começa entre 9 e 15 de Setembro. Férias, depois, só a partir de 16 de Dezembro (e até 2 de Janeiro).