António Ramalho assume esta sexta-feira presidência do Novo Banco

Nomeação foi aceite pelo Banco Central Europeu, informou a instituição bancaria em comunicado divulgado à CMVM

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António Ramalho estava na presidência da Infraestruturas de Portugal Fernando Veludo/Nfactos

O Banco Central Europeu (BCE) confirmou a designação do ex-presidente da Infraestruturas de Portugal, António Ramalho, para assumir o cargo de presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, com funções executivas. A informação foi prestada ao mercado pelo Novo Banco nesta sexta-feira, através de um comunicado enviado à Comissão de Mercado e de Valores Mobiliários (CMVM).

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O Banco Central Europeu (BCE) confirmou a designação do ex-presidente da Infraestruturas de Portugal, António Ramalho, para assumir o cargo de presidente do Conselho de Administração do Novo Banco, com funções executivas. A informação foi prestada ao mercado pelo Novo Banco nesta sexta-feira, através de um comunicado enviado à Comissão de Mercado e de Valores Mobiliários (CMVM).

A proposta de António Ramalho para assumir a presidência do Novo Banco foi feita pelo Banco de Portugal, “com base em proposta do Fundo de Resolução”. A luz verde do BCE era a confirmação que faltava para que o gestor pudesse iniciar as suas funções  - o que se verifica a partir desta sexta-feira.

Este é o regresso de Ramalho à banca, sector a que dedicou uma grande parte da sua carreira profissional. Esteve dez anos a gerir os interesses na banca do empresário António Champallimaud e ainda 12 anos no BCP.

António Ramalho chegou à presidência da Estradas de Portugal em meados de 2012 e liderou a fusão desta empresa pública com a Refer, dando origem à Infra-estruturas de Portugal, que agrega a gestão da rede nacional de rodovia e ferrovia. Um processo que, aliado às orientações do anterior Governo para reduzir os custos do sector empresarial do Estado, levou ao emagrecimento dos quadros de pessoal do grupo.

Vai agora substituir Eduardo Stock da Cunha, que regressa ao banco britânico Lloyds, num momento-chave no processo de venda do banco. Numa das suas últimas audições na Assembleia da República, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa tranquilizou os deputados acerca das declarações que estes imputaram como “incendiárias” e que lembravam que o banco entrará em processo de liquidação dentro de um ano se não aparecerem compradores.

Carlos Costa assegurou que “o Banco de Portugal tem um mandato muito preciso e vai executá-lo”: “Temos tempo, temos mandato, temos interessados e temos um processo de partilha de informação antes de chegarmos ao processo de negociação”, afirmou o Governador. António Ramalho assume agora a liderança desse processo.