Luciana Diniz em nono e falha medalhas no país onde nasceu

Foi uma melhoria substancial em relação aos Jogos de Londres, há quatro anos, quando a cavaleira luso-brasileira ficou em 17.º, mas não deixa de ser uma desilusão para Luciana.

Foto
Luciana Diniz somou quatro pontos na ronda A e zero na B Reuters

O concurso de saltos no desporto equestre é uma prova em que o zero é de ouro. É preciso ser perfeito no tempo e na precisão dos saltos. Luciana Diniz e a Fit for Fun conseguiram um zero perfeito na final olímpica do concurso individual de saltos, mas não foi o suficiente para as colocar no pódio. A dupla que representava Portugal foi brilhante na ronda final, mas não o tinha sido na ronda anterior e os quatro pontos de penalização pelo derrube de um obstáculo atiraram Luciana e a Fitty para o grupo dos nonos classificados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O concurso de saltos no desporto equestre é uma prova em que o zero é de ouro. É preciso ser perfeito no tempo e na precisão dos saltos. Luciana Diniz e a Fit for Fun conseguiram um zero perfeito na final olímpica do concurso individual de saltos, mas não foi o suficiente para as colocar no pódio. A dupla que representava Portugal foi brilhante na ronda final, mas não o tinha sido na ronda anterior e os quatro pontos de penalização pelo derrube de um obstáculo atiraram Luciana e a Fitty para o grupo dos nonos classificados.

Foi uma melhoria substancial em relação aos Jogos de Londres, há quatro anos, em que a cavaleira luso-brasileira, com o Lennox, ficou em 17.º, mas não deixa de ser uma desilusão para Luciana, que tinha assumido a luta por um lugar no pódio neste seu regresso a casa.

Com a família a assistir nas bancadas, Luciana foi a terceira a saltar na primeira ronda e tudo parecia estar a correr pelo melhor e a caminho do zero, mas um derrube no último obstáculo custou-lhe uma penalização de quatro pontos.

Ainda assim, passou à ronda final, no grupo dos 16.º, com 13 duplas sem falhas na primeira ronda. Seria preciso muita sorte para que o pódio acontecesse.

Na ronda final, Luciana e a Fitty fizeram o que estava ao seu alcance. Foram elas a arrancar a fase final e foram perfeitas. Mas, à medida que as duplas iam cumprindo o percurso, a dupla portuguesa foi caindo na classificação, terminando com os quatro pontos da primeira ronda, empatada com mais seis duplas. Para determinar o pódio, houve um “jump off” entre seis equipas, com o britânico Nick Skelton, na sua sétima participação olímpica, a conquistar o seu primeiro título individual — já fora campeão por equipas em 2012.

Sem ainda saber qual seria a sua posição final, Luciana Diniz apresentou-se feliz por ter a família e o público do seu lado no centro equestre de Deodoro. “Independentemente do que acontecer aqui, eu queria sair do último percurso com um sorriso no rosto, com a minha família feliz, todos a torcerem por mim, este público do meu lado, foi maravilhoso”, disse a luso-brasileira, que já não quis falar depois de confirmado o seu nono lugar.

Luciana, que passou a competir por Portugal a partir dos Jogos de 2012 (já havia sido olímpica pelo Brasil em 2012), referiu que até já tinha ganhado um Grande Prémio com quatro pontos. “Só que hoje há muita gente com zeros”, lamentou.

Em Londres acontecera exactamente o contrário. A cavaleira, de avô beirão, entrou na segunda ronda apenas com uma penalização de tempo (um ponto) e acabaria por derrubar dois dos três últimos obstáculos na ronda final.

Texto corrigido às 1h47 de 20/08: no último parágrafo, dizia-se que Luciana tinha avô transmontano