MoMA faz retrospectiva da filmografia de Pedro Almodóvar

O realizador espanhol vai ser homenageado com a exibição dos seus 20 filmes entre 29 de Novembro e 17 de Dezembro. O ciclo abre com a estreia de Julieta, último trabalho.

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A abrir, a antestreia de Julieta REUTERS/Mario Anzuoni

Foi em 2011 que o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque prestou homenagem a Pedro Almodóvar pela primeira vez, com a exposição Celebrating Almodóvar. Já na altura, o cineasta era descrito pelo museu como “um artista à frente do seu tempo, disposto a arriscar e a mudar de direcção”. Agora, o MoMA faz uma retrospectiva da carreira do realizador espanhol com a projecção dos 20 filmes que compõem o seu percurso, entre 29 de Novembro e 17 de Dezembro. Abre com a estreia antecipada de Julieta, o seu filme mais recente, que só tem estreia prevista nas salas norte-americanas a 21 de Dezembro.

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Foi em 2011 que o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque prestou homenagem a Pedro Almodóvar pela primeira vez, com a exposição Celebrating Almodóvar. Já na altura, o cineasta era descrito pelo museu como “um artista à frente do seu tempo, disposto a arriscar e a mudar de direcção”. Agora, o MoMA faz uma retrospectiva da carreira do realizador espanhol com a projecção dos 20 filmes que compõem o seu percurso, entre 29 de Novembro e 17 de Dezembro. Abre com a estreia antecipada de Julieta, o seu filme mais recente, que só tem estreia prevista nas salas norte-americanas a 21 de Dezembro.

O realizador estará presente na inauguração e participará numa sessão de perguntas e respostas a respeito de Julieta, segundo disse fonte do museu à agência espanhola Efe. O filme, que estreia a 15 de Setembro em Portugal, conta a história de Julieta (interpretada por Emma Suárez e Adriana Ugarte), uma mulher de meia-idade que está prestes a mudar-se de Madrid para Portugal para acompanhar o seu namorado Lorenzo (Dario Grandinetti), quando se encontra na rua com uma velha amiga da sua filha Antía (Bianca Parés).

De acordo com o jornal espanhol El Mundo, “este é o filme [de Almodóvar] que mais se aproxima à emotividade anglo-saxónica graças à sua base literária – textos da escritora canadiana Alice Munro – e porque, inicialmente, iria ser gravada em inglês com Meryl Streep como protagonista”.

A retrospectiva, organizada por Rajendra Roy, curador de cinema do MoMA e por La Frances Hui, produtora do departamento de cinema, dá ao público oportunidade de viajar no tempo pelo trabalho de Almodóvar, desde a sua obra-prima Pepi, Luci, Bom e Outras Tipas do Grupo (1980) a fitas mais recentes como A Pele Onde Eu Vivo (2011) e Os Amantes Passageiros (2013). Os comissários do museu destacam, em comunicado, a habilidade de Almodóvar em “explorar diferentes géneros cinematográficos como o melodrama e a comédia” e a abordagem de “temas como o desejo, a identidade e a transgressão”.

Nascido em 1949, Almodóvar é considerado pelo MoMA como impulsionador da “criação de uma nova ordem social e cultural em Espanha”, nomeadamente devido ao trabalho desenvolvido na produtora El Deseo, criada com o seu irmão Agustín em 1986. “O seu trabalho constrói um universo colorido habitado por personagens fora do comum, com identidades sexuais complexas e mulheres singulares”, afirma o museu.