“Venho de uma cidade costeira onde quase tudo está manchado por uma pontinha de fraude”, escreve Bruce Springsteen. “Eu também.” É com esta frase um tanto ou quanto provocadora que o Boss arranca o prefácio de Born to Run, que tem lançamento previsto para 27 de Setembro e é uma das mais aguardadas autobiografias de um ícone rock dos últimos anos.

“Venho de uma cidade costeira onde quase tudo está manchado por uma pontinha de fraude”, escreve Bruce Springsteen. “Eu também.” É com esta frase um tanto ou quanto provocadora que o Boss arranca o prefácio de Born to Run, que tem lançamento previsto para 27 de Setembro e é uma das mais aguardadas autobiografias de um ícone rock dos últimos anos.

“Aos 20 anos, longe de ser um rebelde com um carro de corrida, eu era um guitarrista que tocava nas ruas de Asbury Park, membro de pleno direito do grupo dos que ‘mentem’ para servir a verdade… artistas com um ‘a’ pequeno”, continua Springsteen no texto publicado no seu site oficial. “Tinha juventude, quase uma década de experiência de bandas de bar, um bom grupo de músicos caseiros adaptados ao meu estilo e uma história para contar. Este livro é uma continuação dessa história e, ao mesmo tempo, uma busca pelas suas origens.”

O autor de Born in the U.S.A e I’m on fire, que sempre é apresentado como uma espécie de herói da classe operária, está há sete anos a preparar este livro em que se propõe contar toda a sua história, desde a infância em Freehold, Nova Jérsia, passando pelas temporadas em bandas de bar, até à formação da E Street Band e à ascensão ao estatuto de quase lenda que hoje tem.

“Escreveres sobre ti é uma coisa estranha”, disse Springesteen, aqui citado pelo diário britânico The Guardian, “mas num projecto como este o escritor faz uma promessa, a de mostrar ao leitor a sua alma. Nestas páginas tentei fazer isso.” A ver vamos.