Os exóticos também se afeiçoam aos donos?
É muito comum conhecer exóticos que demonstram sinais de ligação e afecto com as pessoas que lhe são mais próximas, a experiência do nosso dia-a-dia com estes maravilhosos animais e os seus proprietários é a prova disso
A relação entre as pessoas e os animais, que já existe há centenas de anos, é uma das ligações mais importantes para os seres humanos. Mas será esta relação suficiente para criar os laços pretendidos entre um animal de estimação e o seu proprietário? É muito fácil na sociedade em que vivemos actualmente aceitarmos que cães e gatos facilmente se relacionam com os seus cuidadores. Mas e os exóticos?
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A relação entre as pessoas e os animais, que já existe há centenas de anos, é uma das ligações mais importantes para os seres humanos. Mas será esta relação suficiente para criar os laços pretendidos entre um animal de estimação e o seu proprietário? É muito fácil na sociedade em que vivemos actualmente aceitarmos que cães e gatos facilmente se relacionam com os seus cuidadores. Mas e os exóticos?
Tal como em qualquer outro caso, algumas relações entre os proprietários e os seus animais são mais gratificantes do que outras. Algumas pessoas têm uma maior predisposição, uma maior empatia e acabam por estar mais ligadas aos animais, o que pode influenciar o impacto do animal na sua vida.
Além disso, o que muitas vezes pretendemos dos nossos animais de estimação em termos afectivos, nem sempre vai ao encontro daquilo que eles são capazes de dar, tendo em conta o seu comportamento normal. Alguns animais são naturalmente tímidos, nervosos e tipicamente não vêm quando os chamamos pelo seu nome, nem procuram a atenção humana por iniciativa própria. Contudo aceitam e tiram prazer do contacto connosco: um bom exemplo disso são os répteis.
Por outro lado, há muito exóticos, como a maioria das aves, que ficam tristes e até mesmo frustrados quando não interagimos com eles e que gritam por companhia e atenção (alguns literalmente).
Mesmo lagartos, como iguanas e dragões barbudos, geralmente não tardam muito em sentirem-se confortáveis com o nosso toque e ao fim de algum tempo normalmente começam a demonstrar algum apreço pela nossa atenção e muitas vezes acabam por ser eles a procurarem-nos em busca de companhia.
Claro que mesmo animais mais extrovertidos precisam de tempo para nos conhecerem e começarem a interagir connosco. Uma boa forma de iniciar estes laços é indo ao encontro das suas necessidades de maneio e bem-estar, para que eles comecem por nos aceitar como seus cuidadores e a partir daí podermos desenvolver o relacionamento pretendido.
Como qualquer animal — principalmente os mais envergonhados, como uma chinchila ou uma tartaruga terrestre, ou os mais assustadiços, como um porquinho da Índia —, criar um relacionamento de confiança e afecto requer tempo, dedicação, paciência, sensibilidade e, às vezes, até algumas guloseimas tentadoras. Mas tudo valerá a pena!
É muito comum conhecer exóticos que demonstram sinais de ligação e afecto com as pessoas que lhe são mais próximas, a experiência do nosso dia-a-dia com estes maravilhosos animais e os seus proprietários é a prova disso. Desde a iguana que gosta de se deitar na cama do proprietário para partilhar uma soneca, o Agapornis que fica zangado se não vai para a mesa no fim das refeições, o coelho que joga à bola com o proprietário, dragões barbudos, tartarugas, porquinhos da Índia ou degus que adormecem a receber mimos deitados no colo em frente à televisão... As histórias são inúmeras e variadas e todas elas nos dão a certeza que estes animais também são capazes de se relacionarem e de se afeiçoarem connosco como parte da família que são.
Ter um animal de estimação não é só termos alguém de quem cuidar, é ter um amigo e companheiro, um amor incondicional, uma relação gratificante e com um grande impacto, tanto na nossa vida como na do nosso animal.