Experimenter, um filme inesperado
Enfiado no laboratório, em ambientes indistintos entre quarto paredes e encenando as experiências do psicossociólogo Stanley Milgram, é um filme surpreendente, quase maníaco.
Enquanto está enfiado no laboratório, e tudo se passa em ambientes indistintos entre quarto paredes reproduzindo e encenando as experiências do psicossociólogo Stanley Milgram – toda a primeira parte –, Experimenter é um filme surpreendente, quase maníaco na sua vertigem descritiva, como se Almereyda também almejasse ser “behaviorista” no seu cinema.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Enquanto está enfiado no laboratório, e tudo se passa em ambientes indistintos entre quarto paredes reproduzindo e encenando as experiências do psicossociólogo Stanley Milgram – toda a primeira parte –, Experimenter é um filme surpreendente, quase maníaco na sua vertigem descritiva, como se Almereyda também almejasse ser “behaviorista” no seu cinema.
O interesse dilui-se na segunda parte, mais resignada a uma lógica de biopic, ainda assim coerente na sua abertura ao enquadramento político e social da época, e com algumas ideias inesperadas, como o recurso às vetustas back projections, maneira de fazer entrar o cinema dentro da história e aproximar Experimenter do carácter ensaístico de certas coisas de Todd Haynes ou Mark Rappaport.
Seja como for é um filme inesperado, e sobretudo um filme acertado – até no casting, ao reunir o sempre subvalorizado Peter Sarsgaard à tão desaparecida Winona Ryder.