Experimenter, um filme inesperado

Enfiado no laboratório, em ambientes indistintos entre quarto paredes e encenando as experiências do psicossociólogo Stanley Milgram, é um filme surpreendente, quase maníaco.

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Enquanto está enfiado no laboratório, e tudo se passa em ambientes indistintos entre quarto paredes reproduzindo e encenando as experiências do psicossociólogo Stanley Milgram – toda a primeira parte –, Experimenter é um filme surpreendente, quase maníaco na sua vertigem descritiva, como se Almereyda também almejasse ser “behaviorista” no seu cinema.

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Enquanto está enfiado no laboratório, e tudo se passa em ambientes indistintos entre quarto paredes reproduzindo e encenando as experiências do psicossociólogo Stanley Milgram – toda a primeira parte –, Experimenter é um filme surpreendente, quase maníaco na sua vertigem descritiva, como se Almereyda também almejasse ser “behaviorista” no seu cinema.

O interesse dilui-se na segunda parte, mais resignada a uma lógica de biopic, ainda assim coerente na sua abertura ao enquadramento político e social da época, e com algumas ideias inesperadas, como o recurso às vetustas back projections, maneira de fazer entrar o cinema dentro da história e aproximar Experimenter do carácter ensaístico de certas coisas de Todd Haynes ou Mark Rappaport.

Seja como for é um filme inesperado, e sobretudo um filme acertado – até no casting, ao reunir o sempre subvalorizado Peter Sarsgaard à tão desaparecida Winona Ryder.