Activado plano de emergência no Funchal. Mais de 200 pessoas deslocadas
Houve casas destruídas, mas ainda não se sabe quantas.
O Plano Municipal de Emergência da cidade do Funchal foi activado, numa decisão votada por unanimidade, informou a câmara, em sequência dos diversos focos de incêndio que lavram desde a tarde de segunda-feira no concelho. Ainda durante a noite de segunda para terça-feira, cerca de 200 pessoas foram retiradas de vários pontos do Funchal e outras 50 foram retiradas do Hospital dos Marmeleiros, na freguesia do Monte.
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O Plano Municipal de Emergência da cidade do Funchal foi activado, numa decisão votada por unanimidade, informou a câmara, em sequência dos diversos focos de incêndio que lavram desde a tarde de segunda-feira no concelho. Ainda durante a noite de segunda para terça-feira, cerca de 200 pessoas foram retiradas de vários pontos do Funchal e outras 50 foram retiradas do Hospital dos Marmeleiros, na freguesia do Monte.
Também o plano de contingência regional foi activado pelo presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque. Às 8h, o governante contava "quatro frentes de fogo ativas, no Funchal, Canhas (Ponta do Sol), Ponta do Sol e Campanário (Câmara de Lobos)". Miguel Albuquerque destacou que as actuais condições meteorológica, com vento forte de leste e temperaturas a rondar os 37 graus são "propícias a propagar os fogos".
"A situação agravou-se e tivemos de realojar pessoas no Regimento de Guarnição N.º 3 (Funchal), temos cerca de 200 pessoas que estão a ser acompanhadas", disse a Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, que tutela a área da Protecção Civil do governo madeirense à agência Lusa. "As instituições estão a trabalhar em conjunto para manter a operacionalidade de todos os meios no terreno, na protecção de pessoas e bens", informa ainda a câmara.
A responsável adiantou que por motivos de prevenção e segurança também foram deslocados cera de 50 doentes do Hospital dos Marmeleiros, situado na freguesia do Monte, sobretudo pessoas que sofrem de doenças respiratórias, por decisão do Secretário Regional da Saúde.
Rubina Leal adiantou ser difícil neste momento avançar com o número de casas que já foram consumidas e ficaram danificadas pelo fogo, que lavra desde cerca das 16h de segunda-feira no concelho do Funchal.
"Não consigo dizer quantas casas estão destruídas, porque os meios estão no terreno e estamos empenhados em apoiar a população desalojada e controlar o fogo", disse. "No Funchal, as frentes são muitas. Toda a cidade do Funchal é muito recortada por lombos, e portanto, neste momento, aquilo que nos está a preocupar é toda a zona do Monte e ainda há a zona da Corujeira e zona da Alegria, mas principalmente Monte e todos os acessos ao Monte", referiu o presidente do serviço regional da Protecção Civil, Luis Neri.
Segundo a responsável estão no terreno todos os meios e oito corporações de bombeiros estão envolvidas no combate aos incêndios. Os bombeiros também na freguesia de Canhas, concelho da Ponta do Sol, e do Campanário, no município de Câmara de Lobos, estão a combater outras frentes de incêndio florestal na ilha da Madeira.
A Protecção Civil da Madeira está com dificuldades na mobilização de meios e explica que não consegue "mobilizar mais meios, porque as viaturas não têm espaço para poder passar em muitos dos lugares por onde seria necessário passar, uma vez que as estradas são muito estreitas".
Realçando que já esteve envolvido, nos últimos anos, em situações de ataque "a 19 grandes incêndios", o presidente do Governo Regional da Madeira considerou que as criticas feitas à forma como tem sido feito o combate aos incêndios é "recorrente".
"A situação hoje não é uma situação de improviso", disse, adiantando que "neste momento, os bombeiros da Madeira são qualificadas, sabem o que estão a fazer, têm competência técnica" e as pessoas "podem ter a certeza que o está a ser feito o combate aos fogos com todos os pressuposto técnicos e da forma mais correta". O líder insular sublinhou que "com muitas frentes e variação de vento muitas vezes não é possível fazer ataque em todas as frentes".