Duas polícias belgas feridas com faca em Charleroi
Atacante foi ouvido a gritar “Allahu Akbar". Um terceiro agente atingiu-o a tiro, matando-o.
A polícia da cidade belga de Charleroi confirmou que duas agentes foram atacadas durante a tarde tarde por um homem armado com uma faca de mato que gritou “Allahu Akbar" (Deus é Grande). As polícias ficaram feridas e o atacante atingido a tiro foi ferido com gravidade e acabou por morrer.
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A polícia da cidade belga de Charleroi confirmou que duas agentes foram atacadas durante a tarde tarde por um homem armado com uma faca de mato que gritou “Allahu Akbar" (Deus é Grande). As polícias ficaram feridas e o atacante atingido a tiro foi ferido com gravidade e acabou por morrer.
De acordo com a agência de notícias Belga, uma das polícias "sofreu golpes profundos à altura do rosto" e ficou hospitalizada, mas a sua colega "só foi golpeada ligeiramente". “As duas colegas estão fora de perigo”, precisou a polícia municipal da cidade da Valónia, a 60 quilómetros de Bruxelas.
O ataque aconteceu junto à esquadra central deste município (encerrada e rodeada de um perímetro de segurança), no Sul do país. Uma terceira agente acertou no atacante – as testemunhas, citadas pelas agências de notícias, dizem ter ouvido vários disparos.
De acordo com a descrição do jornal Dernière Heure, o assaltante aproximou-se do checkpoint da esquadra pouco antes das 16h (15h em Portugal continental) e as agentes pediram para o revistar - a barreira policial está erguida no âmbito das medidas de segurança impostas nos últimos meses. Assim que chegou, o homem "tirou imediatamente o machete do seu saco e atingiu com força uma polícia na cabeça", antes de conseguir tocar na segunda agente, que estava muito próxima. A terceira disparou contra o assaltante, atingindo-o no tórax e perna.
Charleroi foi usada como base por alguns dos jihadistas envolvidos nos atentados de Paris, em Novembro de 2015, e de Bruxelas, em Março. Esta agressão acontece quando o alerta terrorista na Bélgica está no nível 3, correspondente a uma ameaça “possível e verosímil”, numa escala de quatro.
"Os meus pensamentos estão com as vítimas, os seus próximos, e com a polícia", afirmou o primeiro-ministro belga, Charles Michel. "Estamos a acompanhar a situação de perto." Mais tarde, em declarações à televisão RTL, Michel disse que "as indições iniciais apontam para que se trate de terrorismo".
Desde os atentados coordenados de 13 de Novembro em Paris, preparados a partir da Bélgica e que envolveram jihadistas belgas, a polícia do país deteve dezenas de pessoas e investigou muitas mais. A 30 de Julho, duas pessoas foram interrogadas e detidas na Valónia, suspeitas de conspirarem para cometer atentados – segundo a justiça belga, estas detenções não têm qualquer ligação com os atentados de 22 de Março contra o aeroporto internacional de Bruxelas e na estação de metro Maelbeek, onde morreram 32 pessoas.
Segundo o Ministério do Interior, 457 belgas partiram a certa altura para combater ou na Síria ou no Iraque, ou tentaram fazê-lo, com um terço destes mulheres e menores. As informações disponíveis apontam que destas pessoas, 266 ainda estão nestes países, incluindo 90 que estão desaparecidos ou mortos.