Frank Ocean lança novo álbum esta sexta-feira
Boys Don’t Cry é o disco que se segue à aclamada estreia Channel Orange, de 2012, e será distribuído através de um acordo exclusivo com a Apple Music.
A espera foi de quatro anos mas está prestes a terminar. Boys Don’t Cry é o segundo disco de Frank Ocean e deverá ser lançado esta sexta-feira através de um acordo de streaming exclusivo com a Apple. Além de vendido digitalmente, o álbum também terá cópias físicas à venda nas lojas Apple. O disco será acompanhado de um videoclipe e de uma publicação impressa com o mesmo nome, segundo disse fonte anónima ao New York Times, que estabeleceu essa condição por não ter autorização para falar sobre a estratégia de lançamento.
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A espera foi de quatro anos mas está prestes a terminar. Boys Don’t Cry é o segundo disco de Frank Ocean e deverá ser lançado esta sexta-feira através de um acordo de streaming exclusivo com a Apple. Além de vendido digitalmente, o álbum também terá cópias físicas à venda nas lojas Apple. O disco será acompanhado de um videoclipe e de uma publicação impressa com o mesmo nome, segundo disse fonte anónima ao New York Times, que estabeleceu essa condição por não ter autorização para falar sobre a estratégia de lançamento.
O streaming do álbum será exclusivo para a Apple durante as duas primeiras semanas e será disponibilizado em maior escala posteriormente. De acordo com a revista Rolling Stone, Frank Ocean começou a trabalhar no projecto em Janeiro de 2013 e terá colaborado com produtores como Pharrell Williams, Danger Mouse, Hit-Boy e Rodney Jerkins. O jornal britânico The Guardian diz que o cantor teve como influências para o novo disco nomes tão diversos como The Beatles, Beach Boys, Tame Impala e King Krule.
Já há algum tempo que o cantor dá pistas sobre o novo álbum. Em Abril de 2015, publicou uma fotografia em que se viam duas pilhas de vinis com duas imagens diferentes, e em que se podia ler o título Boys Don’t Cry. Legenda: “Tenho duas versões." Já em Julho deste ano postou no seu site uma fotografia de uma folha com várias datas possíveis para o lançamento. Muito antes, em Dezembro de 2014, o rapper Lil B publicara uma fotografia dos dois em estúdio, com a legenda “Fotografia rara de Lil B e Frank Ocean juntos no estúdio! Música nova a caminho! Anotem isto!”.
Esta segunda-feira, um misterioso vídeo apareceu no seu site, mostrando uma divisão ocupada apenas com mesas de trabalho semelhantes às usadas por artesãos onde, segundo o The Guardian, se via Ocean a mover pedaços de madeira de um lado para o outro junto a uma escultura do artista Tom Sachs. Não havia muito mais informação, mas algumas pessoas repararam no logótipo da Apple em marca de água.
Boys Don’t Cry é um dos discos mais esperados do ano e o primeiro de Frank Ocean desde Channel Orange, nomeado para seis Grammys e vencedor na categoria de Melhor Álbum Contemporâneo e Urbano. Nos anos em que esteve ausente, Frank Ocean editou a canção Memrise no Soundcloud, em Novembro de 2014, e partilhou uma versão de At your best (you are love), dos Isley Brothers, em Janeiro de 2015. Compôs ainda a canção Wise man para o filme Django Libertado (2012), de Quentin Tarantino, mas a música acabou por não ser utilizada porque o realizador não encontrou a cena certa para ela no filme. Recentemente, a sua voz apareceu em Wolves, um dos temas do álbum The Life of Pablo, de Kanye West, e ajudou a compor My willing heart e Always, do mais recente álbum de James Blake, The Color of Anything.
Este é o mais recente álbum a garantir uma parceria exclusiva com a Apple, que já teve como exclusivos os discos de Drake, Future, Chance The Rapper e The 1975. O álbum de Drake, que esteve uma semana exclusivamente em streaming no iTunes, vendeu mais de um milhão de exemplares nos primeiros cinco dias e foi ouvido mais de 250 milhões de vezes pelos utilizadores. Drake terá assinado o acordo com a Apple por 17 milhões de euros.
A competição entre a Apple, o Spotify e o Tidal para atrair novos utilizadores e proporcionar-lhes acesso aos artistas e músicas do momento intensifica-se cada vez mais e a prerrogativa de exclusividade dos conteúdos tem sido criticada, nomeadamente por Kanye West, que referiu que a questão “está a afectar a indústria da música” e pediu à Apple que “desse a Jay-Z o cheque da Tidal”, insuando que a Apple estaria interessada na compra. A Apple não teceu qualquer comentário.