Novo site da Protecção Civil: gerir ou disponibilizar informação?

Página electrónica da Autoridade Nacional da Protecção Civil tem gerado muitas reacções críticas.

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Os fogos florestais deste ano têm tido menos visibilidade nos meios de comunicação Rui Gaudêncio (arquivo)

O novo site da Autoridade Nacional da Protecção Civil (www.prociv.pt), relançado este mês, tem gerado muitas reacções críticas junto de alguns dos principais utilizadores, nomeadamente jornalistas e investigadores.

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O novo site da Autoridade Nacional da Protecção Civil (www.prociv.pt), relançado este mês, tem gerado muitas reacções críticas junto de alguns dos principais utilizadores, nomeadamente jornalistas e investigadores.

Duarte Caldeira, presidente do conselho directivo do Centro de Estudos e Intervenção em Protecção Civil, dá voz a estes protestos e lamenta que se tenha inundado a página com informação e se tenha retirado alguns dados essenciais, como a fita do tempo dos incêndios mais graves.

“Este site foi construído para gerir informação e não para disponibilizar informação”, acusa Caldeira, que lamenta que os dados não estejam “explícitos” e tornem muito mais difícil acompanhar a evolução dos incêndios.

O antigo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses acredita que a mudança se inscreve numa nova estratégia de comunicação e que tal explica, em parte, porque os fogos florestais deste ano têm tido menos visibilidade nos meios de comunicação.

As ocorrências consideradas “importantes” são cada vez menos, o que se pode explicar em parte pelo facto do anterior Governo ter alterado os critérios que determinam essa classificação. Antes havia dois critérios alternativos “duração superior a três horas” ou “mais de 15 meios de protecção e socorro envolvidos”. Agora os requisitos são cumulativos.