Stock de cartões de transporte Andante está em ruptura

Problema, denunciado pelo PCP, deve estar resolvido até ao final desta semana, admite a empresa que gere a bilhética do Metro e outras transportadoras da região.

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Problema com os cartões deve durar até ao final da semana, pelo menos Paulo Ricca/Arquivo

O Partido Comunista denunciou esta segunda-feira que o 'stock' de títulos do cartão Andante, no Porto, entrou em ruptura e pergunta ao Governo quais as medidas que vai implementar para que os utentes possam utilizar os transportes públicos na região. Fonte dos Transportes Intermodais do Porto (TIP) confirmou à Lusa um "atraso na entrega de uma encomenda de cartões Andante por parte do fornecedor habitual", de nome ASK, que se terá ficado a dever "à deslocalização da produção da China para França".

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O Partido Comunista denunciou esta segunda-feira que o 'stock' de títulos do cartão Andante, no Porto, entrou em ruptura e pergunta ao Governo quais as medidas que vai implementar para que os utentes possam utilizar os transportes públicos na região. Fonte dos Transportes Intermodais do Porto (TIP) confirmou à Lusa um "atraso na entrega de uma encomenda de cartões Andante por parte do fornecedor habitual", de nome ASK, que se terá ficado a dever "à deslocalização da produção da China para França".

"É um facto que o atraso na entrega desta encomenda tem originado alguns problemas pontuais no fornecimento das máquinas de venda de títulos Andante. Esperamos, de acordo com as informações prestadas pelo fornecedor, que esta questão fique resolvida até ao final desta semana. Este tema não tem rigorosamente nada a ver com a nova imagem dos títulos Andante, cuja implementação só ocorrerá no final do ano", acrescentou a mesma fonte da empresa.

O PCP refere em comunicado que "nesta última semana a situação assumiu contornos particularmente graves nas estações centrais da cidade do Porto, onde a procura é mais elevada, sobretudo com o afluxo de turistas nos meses de verão" e exemplificou com as "estações Aliados e Faria Guimarães, [onde] nenhuma máquina tem títulos Andante para venda ao público". Face a isto, os comunistas questionaram hoje o Governo sobre se tinha "conhecimento da rutura de 'stock' dos títulos Andante e do impacto negativo causado por esta situação" e "que medidas urgentes" ia o Governo tomar para "garantir que os utentes do Metro do Porto não fossem privados de utilizar aquele sistema de transporte.

Os comunistas denunciam ainda que a situação é tão grave que para evitar que a ruptura de 'stock' fosse registada na Estação da Trindade (a maior no Porto), foram "desviados bilhetes de outras máquinas situados na Maia ou Póvoa de Varzim". "Na maioria destas estações não existe alternativa para aquisição de títulos e mesmo nas lojas Andante o 'stock' de títulos estará perto do fim (...), lê-se na mesma nota de imprensa dos comunistas.

"Pela segunda vez num curto espaço de tempo, uma decisão tomada pela Transportes Intermodais do Porto (TIP), causou grandes transtornos aos utentes do sistema Andante", acrescenta o PCP, recordando o "fiasco causado pela súbita substituição Payshop/Pagaqui". Em Junho passado, deixou de ser possível carregar títulos de transporte nas lojas Payshop do Porto, pois uma outra empresa, a Pagaqui, venceu o concurso público, lançado em julho de 2015, e passou a deter o exclusivo de recarregamento e venda de títulos de viagem, fora das lojas Andante e máquinas automáticas.