Comboio Histórico do Douro vandalizado na Régua

Composição construída em 1925 foi danificada durante a noite de sábado.

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As fotos do vandalismo não foram divulgadas para não dar notoriedade a quem despejou spray sobre as velhas madeiras Fernando Veludo/nfactos

O Comboio Histórico do Douro foi vandalizado na noite de sábado, na estação ferroviária da Régua que serve de gare à Linha do Douro, onde circula a composição, segundo adiantou a Comboios de Portugal (CP). 

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O Comboio Histórico do Douro foi vandalizado na noite de sábado, na estação ferroviária da Régua que serve de gare à Linha do Douro, onde circula a composição, segundo adiantou a Comboios de Portugal (CP). 

Até ao momento, a CP desconhece o responsável pelo acto e já apresentou “queixa às autoridades competentes”, refere a empresa numa resposta escrita enviada ao PÚBLICO. As fotos não foram divulgadas para não dar notoriedade a quem despejou spray sobre as velhas madeiras.

Uma das cinco carruagens que compõe a composição ficou totalmente coberta com grafitis. O montante dos prejuízos ainda não está apurado uma vez que “só no acto da limpeza do grafiti se poderá verificar os danos reais, nomeadamente os que podem resultar da sua remoção, ao nível das madeiras da carruagem, e eventual necessidade de pintura e envernizamento”, pode ler-se na mesma resposta.

A circulação não será afectada visto que as viagens do comboio só se realizam aos sábados e domingos durante o mês de Julho e a sua limpeza deverá ocorrer até ao final desta semana. 

“O fenómeno dos grafitis, realizados desta forma, constitui um flagelo social, que necessita de um enquadramento legal e jurídico adequado ao seu combate”, destaca a CP. “Esta prática em comboios da CP gera custos avultados quer ao nível da sua remoção, quer ao nível da necessidade de retirar os comboios de serviço para proceder à sua limpeza”, acrescenta. 

A empresa de transportes diz ter sinalizados “os pontos críticos das centenas de quilómetros da infra-estrutura ferroviária onde ocorre com mais frequência a pintura de grafitis”. Os actos de vandalismo são recorrentes nos comboios da empresa que diz estar a “tentar que sejam adoptadas medidas concretas e eficazes de combate ao grafiti”, junto da Infra-estruturas de Portugal (IP), entidade responsável pela gestão da infra-estrutura ferroviária, e das forças de segurança. 

A CP informou ainda que está a aguardar autorização governamental “para proceder ao lançamento de um novo concurso de vigilância que, entre outros, se destina ao combate e vigilância contra os grafitis”.

Recorde-se que a máquina a vapor foi renovada, ao trocar o carvão pelo diesel, e que desde o dia 4 de Junho está a fazer viagens na linha do Douro. A Locomotiva a Vapor 0186 foi construída em 1925 pela Henschel & Son e as cinco carruagens históricas percorrem a distância que vai da Régua ao Tua, com passagem pelo Pinhão, sempre a par do rio Douro. As viagens na histórica locomotiva vão poder ser realizadas até 22 de Outubro.

Texto editado por Ana Fernandes