Ministério Público investiga alegado desvio de fundos na Universidade do Porto
Em causa estão 77 mil euros de que uma funcionária da instituição se terá apropriado. Inquérito aberto em Abril de 2015 não tem arguidos.
O Ministério Público está a investigar um alegado desvio de fundos na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP). A Procuradoria-Geral da República confirmou ao PÚBLICO esta quinta-feira que o inquérito, que corre no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, foi aberto em Abril de 2015 e "não tem arguidos constituídos".
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O Ministério Público está a investigar um alegado desvio de fundos na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP). A Procuradoria-Geral da República confirmou ao PÚBLICO esta quinta-feira que o inquérito, que corre no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, foi aberto em Abril de 2015 e "não tem arguidos constituídos".
Esta quinta-feira o Jornal de Notícias publica um artigo intitulado “Desvio leva PJ a investigar contas de faculdade”, onde refere que aquela polícia está a analisar as contas da faculdade desde 2010, contas essas que apresentam um prejuízo acumulado de 1,6 milhões de euros.
Na base da investigação está um alegado desvio de 77 mil euros que terá sido feito por uma funcionária da instituição que está actualmente suspensa, a cumprir uma pena disciplinar. A faculdade possui uma clínica, usada na formação dos estudantes, que presta atendimento ao público, a preços inferiores aos de mercado. As verbas desviadas seriam resultantes de pagamentos feitos por serviços prestados nesse âmbito.
Em entrevista telefónica à Lusa, o director da faculdade, Miguel Pinto, confirmou que a universidade já se constituiu como assistente num processo relacionado com o "roubo de 75 mil euros em dinheiro e um cheque de dois mil euros da FMDUP".
Os 77 mil euros terão desaparecido de dentro de uma pasta que estava em cima da secretária de uma funcionária da FMDUP, tendo esta sido suspensa por oito meses por "negligência grosseira" e encontrando-se a "cumprir castigo há dois meses", adiantou Miguel Pinto.
Segundo Miguel Pinto, a Polícia Judiciária realizou duas buscas à FMDUP, uma em Outubro de 2015 e outra em Março de 2016, durante as quais foram apreendidos "milhares de documentos de contabilidade da faculdade", referentes aos anos de 2010 a 2014.