Novo Observatório da Educação terá resultados dentro de um ano
Organismo foi lançado pela Fundação Belmiro de Azevedo para trabalhar e produzir indicadores da área da educação.
O consórcio de instituições que venceu o concurso para formar o Observatório da Educação, da Fundação Belmiro de Azevedo, deverá assumir funções em Setembro e apresentar os primeiros resultados dentro de um ano, adiantou o coordenador do projecto.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O consórcio de instituições que venceu o concurso para formar o Observatório da Educação, da Fundação Belmiro de Azevedo, deverá assumir funções em Setembro e apresentar os primeiros resultados dentro de um ano, adiantou o coordenador do projecto.
Os resultados do concurso para a formação do Observatório da Educação do EDULOG, o think tank da fundação para a área da Educação, foram conhecidos nesta quarta-feira e declarado vencedor, para este projecto, o consórcio criado pelo Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES), o Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIES), o Núcleo de Investigação em Políticas Económicas (NIPE), a Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOPP) e o Instituto de Engenharia de Sistemas de Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).
A equipa, que vai gerir o observatório durante três anos, vai trabalhar indicadores da área da educação, que serão tornados públicos, e que têm por objectivo analisar aspectos como o rendimento escolar, indicadores de qualidade ligados às escolas, indicadores de eficiência, entre outros.
"Vai ser feita uma análise dos indicadores que já existem a nível internacional, como os da OCDE, e equacionar que outros indicadores fará sentido adicionar, no sentido de caracterizar melhor o ensino português", explicou à agência Lusa o coordenador científico do EDULOG, e também presidente da Agência Nacional de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), Alberto Amaral.
O observatório vai produzir "uma análise anual do sistema de ensino português e recomendará eventuais temas para novos projectos de investigação", acrescentou.
O EDULOG anunciou ainda a candidatura resultante da parceria entre a Universidade Nova de Lisboa e a University College London, como a vencedora do outro projecto, que arranca também em Setembro, e que pretende investigar o impacto do professor nas aprendizagens do aluno. Os dois projectos receberam 19 candidaturas: cinco para o Observatório de Educação e 14 para a investigação sobre o impacto dos professores na aprendizagem dos alunos.
Alberto Amaral considerou "muito positivo e significativo" não só o interesse que os dois concursos suscitaram na comunidade científica, como o facto de as candidaturas juntarem várias instituições e de haver concorrência internacional a projectos portugueses.
"Os vencedores foram escolhidos pela qualidade da equipa de investigação, pela adequação aos objectivos que estavam em causa e também por uma relação custo-benefício, porque havia um ou outro projecto que era excessivamente caro para aquilo que estava previsto", referiu o coordenador científico do EDULOG.
Os dois projectos têm um investimento previsto de 370 mil euros, para os três anos de funcionamento. Há outro concurso ainda a decorrer, relacionado com a gestão das escolas e cujos resultados devem ser conhecidos em Setembro, explicou Alberto Amaral.
Uma das principais actividades do EDULOG, uma organização sem fins lucrativos, é o desenvolvimento de projectos de pesquisa sobre temas específicos da Educação.