Militares turcos que fugiram vão a julgamento na Grécia
Caças perseguiram navios da guarda-costeira suspeitos de levarem outros golpistas em fuga.
Os oito militares turcos que participaram no golpe falhado contra Recep Erdogan e fugiram para a Grécia serão julgados esta quinta-feira num tribunal do nordeste deste país. São acusados de entrada ilegal na Grécia, e o piloto do helicóptero em que viajaram é também acusado de violação das regras de segurança do espaço aéreo.
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Os oito militares turcos que participaram no golpe falhado contra Recep Erdogan e fugiram para a Grécia serão julgados esta quinta-feira num tribunal do nordeste deste país. São acusados de entrada ilegal na Grécia, e o piloto do helicóptero em que viajaram é também acusado de violação das regras de segurança do espaço aéreo.
Os oito, identificados como dois majores, quatro capitães e dois sargentos, cobriram o rosto quando foram detidos, e não foram divulgadas as suas identidades. A Turquia já exigiu a sua extradição, mas um advogado que falou em nome dos oito homens disse que estes pediram asilo político à Grécia.
"O que tem que ser aplicado neste caso é a a lei grega e a lei internacional", disse o ministro grego da Defesa, Dimitris Vitsas, "mas devo dizer que o argumento a favor da extradição para a Turquia é bastante forte".
Os tribunais disseram não ter recebido ainda um pedido oficial de extradição.
Esta quarta-feira, dois caças turcos sobrevoaram o Mar Egeu até junto das águas territoriais gregas numa operação de vigilância a dois barcos da guarda-costeira turca. Segundo a agência noticiosa turca Dogan, as autoridades turcas procuram dois militares que participaram no golpe — terão receado que estivessem também em fuga para a Grécia.
"À excepção dos soldados em fuga, não falta nenhum helicóptero, avião ou navio", disse à AFP um porta-voz do Ministério da Defesa turco. A fonte disse que "nenhum barco turco entrou em águas gregas", mas que um se aproximou de Symi, no Mar Egeu, pois havia a suspeita de haver militares em fuga a caminho desta ilha.
"No entanto, nada nos permite confirmar que há militares turcos a dirigirem-se para a ilha", disse a fonte da AFP. A Dogan explicou que os caças receberam ordens para seguir os barcos da guarda-costeira depois de ter sido recebida uma informação sobre "dois barcos suspeitos junto à ilha".