Corredor Ferroviário Internacional Norte vai custar 691 milhões de euros

Governo apresentou Plano de Mobilidade para o Interior, que abrange medidas no âmbito ferroviário e rodoviário. Uma das empreitadas, a electrificação da Linha da Beira Baixa, estará pronta em 2018

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Em condições normais, a velocidade na linha é de 30 km/hora ADRIANO MIRANDA

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou que o Governo vai avançar com a intervenção do Corredor Ferroviário Internacional Norte, que abrange as linhas da Beira Alta e Baixa, num investimento de 691 milhões de euros.

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O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou que o Governo vai avançar com a intervenção do Corredor Ferroviário Internacional Norte, que abrange as linhas da Beira Alta e Baixa, num investimento de 691 milhões de euros.

"São quase 700 milhões de euros no total do Corredor Internacional Norte. É um grande investimento, é uma grande prioridade, com um forte financiamento dos fundos comunitários, felizmente, porque a ferrovia é uma prioridade para Portugal, mas também para a Europa", disse.

Pedro Marques falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde presidiu à cerimónia de apresentação do Plano de Mobilidade para o Interior, que abrange medidas no âmbito ferroviário e rodoviário. A redução de 15% nas tarifas de portagem nas ex-scut do interior é uma delas.

O governante especificou que este plano se enquadra "numa aposta clara na ferrovia" e que visa "favorecer o desenvolvimento integrado do Interior", com base na "competitividade do transporte ferroviário de mercadorias e de pessoas".

O plano prevê a modernização da Linha da Beira Alta e a conclusão da electrificação da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda, troço que está desactivado desde 2009.

Uma realidade que se alterará até 2018, garantiu o ministro, explicando que a primeira intervenção decorrerá na Linha da Beira Baixa, com os concursos a serem lançados ainda este ano para que as obras comecem em 2017 e fiquem concluídas em 2018.

"Depois disso, começaremos a avançar com todas as obras na Linha da Beira Alta", especificou.

No final, conseguir-se-á a "plena articulação plena entre as duas linhas", o que permitirá estabelecer "um importante itinerário complementar na rede ferroviária", apontou o secretário de Estado, Guilherme W. d'Oliveira Martins, durante a apresentação do plano.

No documento mantém-se ainda inscrita a criação de uma nova linha no eixo Aveiro/Mangualde, projecto pelo qual Portugal continuará a lutar no sentido de obter financiamento, garantiu o ministro.

"É uma linha muito onerosa, que envolve quase 700 milhões de euros e que só pode ser realizada com financiamento europeu, mas nós continuamos a insistir", garantiu, explicando que o projecto será apresentado às candidaturas de Setembro e Outubro.

Durante a cerimónia de hoje, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, também salientou a importância da aposta no Corredor Ferroviário Internacional Norte, com especial incidência para o que concerne à electrificação do troço entre a Covilhã e a Guarda.

"Sempre foi considerada por todos prioritária, mas a verdade é que andou aos solavancos sete longos anos entre os corredores e as secretarias. Por isso, senhor ministro, quero saudá-lo por ter vindo dar-nos a boa nova da antecipação em dois anos deste tão importante troço", disse.

Lembrando que a obra "é fundamental para a mobilidade das populações no eixo Castelo Branco/Covilhã/Guarda, o autarca não deixou de reivindicar a "requalificação do material circulante".