Magistrados portugueses contra perseguição dos seus colegas na Turquia
Sindicato dos Magistrados do Ministério Público diz que não se pode remeter à condição de "espectador silencioso" face aos acontecimentos na Turquia e apela à solidariedade de todos.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) condenou neste domingo a detenção de juízes e procuradores turcos na sequência da tentativa de golpe de Estado que ocorreu na Turquia.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) condenou neste domingo a detenção de juízes e procuradores turcos na sequência da tentativa de golpe de Estado que ocorreu na Turquia.
"O SMMP expressa todo o seu apoio público aos colegas turcos, saudando-lhes a coragem e a combatividade necessárias para resistir ao desmoronamento do Estado de Direito e à ofensiva que visa intimidá-los e atentar contra a sua dignidade pessoal e institucional, apoiando-os nas formas de luta que se mostrarem necessárias", afirma-se num comunicado divulgado pelo sindicato.
Cerca de três mil magistrados turcos foram suspensos das suas funções a seguir ao "golpe fracassado" e cerca de duas centenas foram presos ou estão em vias de o serem.
A estrutura sindical considera que "a comunidade internacional e os Magistrados Europeus para a Democracia e as Liberdades não podem deixar de repudiar tal estado de coisas e de militar na denúncia das arbitrariedades graves que têm vitimado os magistrados turcos e por isso é seu dever fazer esta denúncia de modo público”.
O SMMP pede a todos os magistrados do Ministério Público que apoiem os seus colegas turcos, pedindo a sua imediata libertação junto de organizações não- governamentais, instituições judiciárias e políticas e nas redes sociais.
"Eles são hoje as vítimas visíveis da luta pela independência judicial e não podemos remeter-nos à condição de espectadores silenciosos. Não há férias para essa luta!", declara.