Há pokémons à solta nas ruas à espera de serem apanhados

A febre dos pokémons continua viva e está mais forte do que nunca. O novo jogo da Nintendo desafia os utilizadores a coleccionarem pokémons num mundo onde a realidade virtual se confunde com a ficção.

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O jogo ainda não existe em Portugal, mas já existem fãs portugueses a usar a versão americana DR

Sair para a rua para apanhar pokémons é provavelmente um sonho comum a todos os que cresceram depois da década de 1990. Ser o Ash, o protagonista da famosa série anime e viver um mundo de aventuras, sempre ao lado do fiel Pikachu, um dos mais famosos Pocket Monsters (Pokémon), está mais perto com o novo jogo para telemóveis: o Pokémon Go. Os jogos de pokémons não são novidade, mas até agora aconteciam em computadores e consolas. Com o Pokémon Go, a ficção confunde-se com a realidade e os pokémons estão nas ruas, à espera de serem apanhados por uma "pokébola" virtual.

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Sair para a rua para apanhar pokémons é provavelmente um sonho comum a todos os que cresceram depois da década de 1990. Ser o Ash, o protagonista da famosa série anime e viver um mundo de aventuras, sempre ao lado do fiel Pikachu, um dos mais famosos Pocket Monsters (Pokémon), está mais perto com o novo jogo para telemóveis: o Pokémon Go. Os jogos de pokémons não são novidade, mas até agora aconteciam em computadores e consolas. Com o Pokémon Go, a ficção confunde-se com a realidade e os pokémons estão nas ruas, à espera de serem apanhados por uma "pokébola" virtual.

O jogo foi lançado na passada quarta-feira pela Niantic, uma empresa de software dedicada à criação de jogos de realidade aumentada. O objectivo é desafiar os jogadores a encontrar os pokémons em casas, centros comerciais, descampados, bibliotecas, utilizando para isso a sua localização geográfica. A grande diferença em relação aos jogos anteriores – e o que explica em grande parte o sucesso que a aplicação está a ter , é justamente a obrigatoriedade do jogador se transformar no próprio treinador e ser incentivado a viajar e interagir no mundo real com a realidade virtual que lhe é apresentada no ecrã do telemóvel. Além disso, a localização assenta também nas características dos pokémons. Por exemplo, um pokémon de fogo tende a ser encontrado perto de estações de combustíveis, por exemplo. 

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Os treinadores são "obrigados" a procurar os pokémons no mundo real DR

O resultado é uma combinação de observação aérea, geocaching e caça de troféus. O jogador aponta para o local onde está referenciado o Pokémon e ele aparece, tendo como fundo as imagens do mundo “real” captadas pela câmara do smartphone. Caso o treinador pretenda, pode devolver pokémons repetidos para fortalecer os que já tem. Depois de serem apanhados, os pokémons são treinados para competir em batalhas.

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Para captar o pokémon, o jogador aponta a câmara do telemóvel e lança a pokébola DR

A aplicação é de tal forma interactiva que alguns já lhe chamam de “aplicação fitness disfarçada” e há quem confesse ter caminhado pela primeira vez “em meses” graças ao novo jogo.

Na sexta-feira, o Pokémon Go já estava instalado num telemóvel a cada 20 androids nos EUA e o tempo médio de utilização era de 43 minutos, muito mais do que aquele passado no Twitter, por exemplo, escreve o Washington Post. Além disso, a previsão é de que o número de utilizadores diários ultrapasse mesmo os números do Twitter, avança a Forbes, sendo que a aplicação ainda nem sequer foi lançada globalmente e só estão, para já, a ser considerados dados do sistema Android.

Para além da dimensão registada nas redes sociais, o sucesso do jogo pode ser medido em números. A febre do "vou apanhá-los todos" já se reflectiu nos resultados da empresa. Apesar de a aplicação ser gratuita, as acções na Nintendo saltaram cerca de 25% esta segunda-feira e valorizaram a empresa em mais de seis mil milhões de euros, nota a BBC.

Agora, a chave assenta nas aplicações complementares, que convidam os jogadores a apostar em upgrades, e já são muitas as versões disponíveis de guias, vídeos, dicas e ajudas e até um chat entre jogadores.

Na sua história, a empresa japonesa tinha apenas apostado em jogos para as consolas, mas o arrefecimento das vendas dos últimos anos empurraram a multinacional para o mercado mobile. Em Março, a Nintendo lançou o seu primeiro jogo para smartphone, o Miitomo e planeia lançar pelo menos mais quatro jogos para este meio até Março do próximo ano.

Mas o insólito também tem acontecido com os jogadores a não encontrarem apenas pokémons. Desde que o jogo foi lançado, já chegaram à polícia relatos de encontros inesperados com assaltos e cadáveres.

A própria localização dos pokémons também já gerou alguns alertas. É o caso de uma estação de comboios em Sidney, Austrália, que pede segurança para estes treinadores, alertando para o perigo de colocar um pokémon nos carris. Mas também há relatos de sítios improváveis como funerais ou salas de parto.

Também o New York Times conta relatos em cruzamentos perigosos e já se registaram acidentes (e incidentes). No Missouri, EUA, quatro adolescentes roubaram jogadores depois de os atrair com o Pokémon GO, colocando um pokémon numa zona específica. Os suspeitos, com idades entre os 16 e 18 anos, foram detidos.

A ideia para o jogo surgiu como uma brincadeira de dia 1 de Abril, em 2014, cujo falso trailer criado pela Nintendo ultrapassou as 17 milhões de visualizações, conta a Rolling Stone.

Por enquanto, não existe ainda nenhuma versão portuguesa e ainda não há data para o seu lançamento, uma vez que o processo está em pausa até que sejam corrigidos alguns erros detectados no servidorNa página oficial do jogo, os fabricantes apelam à "paciência dos treinadores" e pedem que só sejam instaladas versões oficiais, uma vez que as restantes “podem conter malware ou vírus” e afirmam que estão a trabalhar de modo a conseguir receber mais jogadores e lançar o jogo em mais países.