Bio Boards: skates de cortiça para quem quer treinar surf

São dez os projectos portugueses que competem pelos 25 mil euros do Prémio Nacional das Indústrias Criativas. Ricardo Marques criou uma marca de pranchas de cortiça personalizáveis para o treino funcional de surf

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O vosso projecto é um dos 10 finalistas da edição 2016 do PNIC. Como o descreveriam a quem nunca ouviu falar de vocês?

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O vosso projecto é um dos 10 finalistas da edição 2016 do PNIC. Como o descreveriam a quem nunca ouviu falar de vocês?

Na Bio Boards — skate, surf, arte e sustentabilidade — criamos todo o tipo de produtos ligados ao surf e para o treino funcional do surf. Além disso temos a componente de personalização e utilização de materiais sustentáveis.

Em que é que a vossa empresa difere de outros projectos semelhantes?

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Os materiais e a personalização são factores que nos distinguem, mas o nosso produto mais diferenciador é, sem dúvida, o skate em cortiça de três rodas que transmite a sensação de surf na terra. É ideal para treino quando as condições do mar não se encontram favoráveis.

O prémio para o vencedor desta edição são 25 mil euros. Caso vençam, como contam investir o dinheiro?

O dinheiro será investido, sobretudo, em estratégias de divulgação e marketing e também no desenvolvimento de novos produtos.

O que faz falta às indústrias criativas portuguesas?

O que faz falta as indústrias criativas é acreditar e não ter medo de errar. Também é importante o apoio de empresas já estabelecidas, um apoio genuíno a novos projectos com potencial e não apenas para aparecer nas notícias sob a forma de prémios. Em Portugal, as grandes empresas ainda são muito fechadas. Mas, fundamentalmente, o que faz falta às indústrias criativas são as pessoas. Acho que as pessoas não sabem da grande capacidade que têm de criar riqueza (não só dinheiro) e qualidade de vida para a sociedade em geral.

Se o vosso projecto fosse a uma entrevista de emprego e lhe perguntassem onde vai estar em 2020, o que responderiam?

Vamos estar no mundo inteiro, não só com os nossos produtos mas também com as nossas acções de consciencialização ambiental e de preservação da natureza. Sem ela não há surf nem pranchas.