Este é o rapper que pode ser o futuro líder evangélico dos americanos

As músicas de Lecrae falam sobre raça e religião. A mensagem não deixa os jovens, sejam afro-americanos, latinos ou brancos, indiferentes. Há um hip hop sobre Jesus e Lecrae é o seu porta-voz.

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Lecrae, a estrela negra do rap americano e já várias vezes premiado com Grammy, chegou ao programa de rádio de Eric Metaxas com o intuito de divulgar o seu livro de memórias, a trama de alguém que sobreviveu às drogas, aos abusos sexuais, ao mundo do crime. O livro foi publicado na primeira semana de Maio e rapidamente estava no top de best-sellers do New York Times. Mas bastaram poucos minutos para o músico perceber que a entrevista com Metaxas ia conhecer uma reviravolta. Basicamente, os minutos necessários para o anfitrião deste programa de rádio seguido por toda a comunidade evangélica branca “disparar” com a polémica que tinha estalado uns dias antes, no jantar de Correspondentes da Casa Branca. Neste encontro anual, o último da presidência Obama, o comediante negro Larry Wilmore referiu-se ao Presidente usando a expressão “preto”. Metaxas, com 53 anos e enfiado num dos seus melhores fatos, tinha pela frente um puto em T-shirt a quem perguntou: “Será que agora também já posso passar a usar esta expressão? Até Wilmore se atreve...” Lecrae iria ser cauteloso na resposta: “Não me parece uma grande ideia!”

Lecrae e Metaxas são evangélicos, um negro, o outro branco, e passaram um bom bocado a pôr a conversa em dia sobre a grandiosidade de Deus. O músico ia-se safando tanto quanto possível, dando as respostas que já todos aguardavam e contornando os vários temas tabu sobre os cristãos americanos que a candidatura de Donald Trump ajudou a trazer a público. A forma hábil como Lecrae tem vindo a compor música sobre questões da raça tem-no ajudado a ganhar um lugar de destaque no seio da comunidade evangélica — sobretudo se falarmos dos evangélicos brancos, que perfazem pelo menos três quartos do imenso grupo de fãs que o seguem. Um grupo que, contudo, Lecrae também se tem vindo a aperceber ser muito complexo e altamente explosivo. O rapper, que já foi traficante de droga e é homem para medir uns 1,83m, tem-se vindo a apurar para ser o farol-guia de toda a comunidade evangélica. Não tem sido fácil abrir caminho entre aqueles que o apoiam — e até vêem com bons olhos a forma como aborda os temas sociais mais efervescentes — e os outros, para quem ele não passa de mais um rapper cristão na senda da autopromoção.

No meio de uma polarizada campanha eleitoral, são muitas as ideias feitas sobre o que é isso de se ser cristão na América. O evangélico é antiaborto e reprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou prefere deixar-se ficar em terreno neutro revelando a sua faceta mais pragmática? Será que quem apoia uma candidatura que ostensivamente indica a porta de saída aos muçulmanos e que faz um uso pejorativo da expressão “mexicano” está a negar os seus valores cristãos? E será que há uma tomada de posição “evangélica” neste ano de 2016 sobre a forma como a polícia tem vindo a tratar os negros?

Um novo arquétipo

Lecrae Devaughn Moore, 36 anos, está consciente de que representa neste momento um novo arquétipo evangélico. Adora ver-se nesse papel, como assumiu numa destas tardes em que atravessou Manhattan no banco de trás de uma limousine, em ricochete entre várias sessões para a promoção do livro. “O que trago é único; não há mais ninguém a pôr em cima da mesa o que sou”, disse. “É assim que me vejo — uma voz límpida no meio disto tudo.”

As tiradas liberais do músico têm-lhe angariado muitos seguidores. Os cristãos americanos, sobretudo os mais jovens, anseiam por líderes capazes de apontar um caminho à parte da polarização partidária e muitos vêem no músico um modelo a seguir. São eles que lhe enchem os concertos quando anda em tournée, como por exemplo em Abril, quando percorreu várias cidades universitárias com uma população na sua maioria branca. São eles que lhe compram o livro, que ouvem as suas palestras. E que bebem as suas palavras quando o vêem nos noticiários televisivos nacionais, como aconteceu quando foi filmado perto de casa, em Atlanta, enquanto servia de mediador entre a polícia e os manifestantes, já depois dos principais confrontos que se seguiram à morte do jovem negro Michael Brown por um polícia branco.

“Esta é uma geração que não tem uma figura como Billy Graham [evangelista conhecido como o “pastor da América”], diz LaDawn Johnson, sociólogo na Universidade de Biola, uma escola evangélica nos arredores de Los Angeles e onde Lecrae actuou em Abril. “Os evangélicos não têm uma figura de relevo a quem possam chamar líder e Lecrae está numa posição que pode muito bem vir a ser essa voz e esse modelo, sobretudo junto dos mais novos”, conclui.

Uma vida em ioiô

Lecrae foi educado pela mãe e pela avó em bairros problemáticos de cidades como Houston, Denver, San Diego. Em Unashamed, escreve que, à falta de um pai, a vida era preenchida com drogas (que consumia e também traficava), com o sonho de pertencer a um gangue, com toneladas de sexo e cenas de muita pancadaria com os parceiros violentos da mãe. Era um miúdo que já mostrava interesse por música e teatro, e o hip hop serviu-lhe para ir preenchendo os vazios da vida. Para Lecrae, os rappers são os melhores a dar voz às mágoas e tristezas dos rapazes das cidades do interior americano. Ele próprio escreve sobre a sua vida em ioiô: entre a violência da rua e o despertar para a cena artística; entre os ensinamentos espirituais da avó e o resto do mundo laico no qual se movimentava; entre os miúdos brancos que conheceu no secundário, e depois na faculdade, e todos os outros, negros, que tinham sido seus compinchas até então. Escreve ainda sobre como a cabeça vagueava entre seguir o exemplo do tio, um criminoso, ou o da personagem Theo Huxtable, o puto atinado do The Cosby Show.

Depois de uma noite alucinada passada numa auto-estrada quase sem luz, com o coração em fúria e a vertigem do suicídio, o músico deu entrada num programa de reabilitação. Seguiu depois para um programa universitário destinado à população afro-americana. Foi nesse grupo, baptizado Impact Movement, que Lecrae ouviu pela primeira vez uma descrição de Jesus que encaixava na idealização de uma personagem que até um puto de rua podia vir a venerar. Até então, escreve Lecrae nas memórias, Jesus não passava de uma imagem “frágil, vulnerável, apagada”. Mas o Impact Movement mostrou-lhe um homem espancado, com o corpo em chagas e mesmo assim com a força para carregar uma cruz às costas. “Um homem que merece todo o meu respeito. Um homem em quem se pode confiar.” O recém-convertido estava então com 19 anos e passou a ser um zeloso cumpridor dos mandamentos. Acreditou de tal forma que não lhe era permitido beijar raparigas — nem sequer no papel de actor — que abandonou o teatro e pôs de lado a bolsa de estudo para a universidade. A sua muito querida colecção de CD, com tudo o que há de música dita não sacra, foi parar ao caixote de lixo mais próximo. Lecrae passou a ver o mundo dividido em dois: de um lado o sagrado — o lado do bem; do outro, o secular — ou o representativo do mal.

Mas seria este estilo dogmático que passou a adoptar o caminho mais certo para a evangelização? À medida que a sua popularidade crescia no meio musical, cresciam as interrogações. Em debates públicos, víamo-lo a pensar, a digerir ideias, a hesitar. Em 2013, no Facebook, lançou um desafio aos fãs sobre quais os termos em que se baseia a ideia de um casamento entre pessoas do mesmo sexo. “E se eu amar a minha irmã? Ou alguém que tem apenas 13 anos? Ou um animal?” Muito provavelmente, terá ficado surpreendido pela catadupa de respostas, milhares de evangélicos dispostos a comentar a questão sobre vários ângulos. Nesse mesmo dia deixou um post em que esclarecia que a sua questão não deveria ser lida com uma conotação religiosa, que aquilo que pretendia era tão-somente abrir o debate sobre o tema. Escreveu: “Peço desculpa se, no caso de ser homossexual, se sentiu atingido por qualquer faúlha de ódio.”

Em 2014, enquanto dava uma palestra perante uma plateia na sua maioria de pastores evangélicos brancos, comparou um homossexual a um traficante de droga. “Estou agradecido por estar aqui”, anunciou, ao mesmo tempo que alertou para uma América que está a perder os seus valores cristãos, dizendo que para ultrapassar o mal todos deveriam fazer mais do que escudar-se atrás da “moralidade, da religião, dos mandamentos”.

Nas memórias que escreveu, diz que é agora um homem diferente, consciente de professar a fé de uma forma mais séria, “atingi este cúmulo: o respeito pela legalidade [dos mandamentos]”. Numa entrevista recente, diz que já houve tempos em que terá sido mais idealista. Era uma altura em que ainda não estava apto a lidar com aquilo que agora caracteriza como “zonas cinzentas”. Fala abertamente, e amiúde, sobre como pensa o tema da raça e como tudo está em mudança. Na palestra de 2014, Lecrae lembrou a sua infância, a forma como cresceu numa casa “militante”, com uma mãe que estudava os mantras dos Panteras Negras e o procurava aliciar para a causa negra. (“E vocês, os 12 de vocês negros que tenho pela frente, sabem ao que me refiro”, e desatou a rir-se). “Sei muito bem como fazer uso dos meus galões africanos... Sempre pensei que não precisaria de vocês”, disse enquanto atravessava o palco escorregadio e iluminado. “Foi quando Jesus chegou até mim.” O ressentimento em relação aos brancos “já não mora aqui! Jesus mudou-me — e estamos felizes com isso”.

Um hip hop sobre Jesus

A ideia de vermos um rapper a pregar a um bando de pastores evangélicos brancos não é a única aparente contradição no percurso de Lecrae, que é agora uma estrela e viu o seu último álbum chegar ao primeiro lugar no Billboard 200. Pratica um muito idiossincrático hip hop, no qual faz questão de criticar abertamente tudo quanto é obsceno. E, apesar disto, não reprovou Metaxas quando, no show do comediante Wilmore, o apresentador de rádio apareceu num número em que havia cenas um bocado obscenas à volta de uma banana.

São os evangélicos brancos — muitos jovens e muitas mães de jovens — que lhe esgotam os concertos. E também negros e latinos. Mas, convenhamos, estão todos ali para ouvir um hip hop livre de obscenidades. Um hip hop sobre Jesus. E isto é porque Lecrae quer ser o exemplo descrito por Johnson, sobretudo perante os outros pastores.

Lançou uma campanha nos media, “Man-up”, com um único fito: aliciar os jovens urbanos a assumirem o papel tradicional de pais e maridos. Viaja para o Médio Oriente como uma espécie de celebridade para mediar conflitos e promover a paz. Assina textos de opinião onde apela ao cessar das hostilidades raciais — fê-lo após os confrontos de Ferguson ou Charleston. Diz que escreveu as suas memórias precisamente nesta altura da sua vida, em que é cada vez mais reconhecido como uma estrela, para mostrar à camada mais jovem e desestabilizada como as cicatrizes e mágoas não devem ser travão para prosseguir em frente. Lecrae quer mesmo ser uma referência na cena cultural. E sabe que pode singrar num terreno que é o dos cristãos tradicionais, que estão no mainstream porque na verdade são muito poucos os que lá chegam. “Já houve quem quisesse ser cristão e artista”, mas acabou por escorregar para a decadência moral. Dimas Salaberrios, um pastor do Bronx e uma personalidade conhecida da rádio, entrevistou recentemente Lecrae. Disse-lhe: “Rezo pela sua força e coragem.” “Aquilo com que temos de nos preocupar é com o facto de não existirem figuras que nos sirvam de exemplo. Estou a tentar ser uma voz na cultura”, respondeu-lhe Lecrae.

O crescendo de popularidade de Lecrae é também um bom barómetro para aferir o que pensa a imensa comunidade evangélica americana — representam um quarto da população — sobre questões da religião e da raça, entre outras. Saber, por exemplo, se há uma pluralidade de opiniões na forma como são monitorizadas as minorias ou sobre as causas do racismo. Ou ainda sobre quanto o movimento Black Lives Matter se revela, ou não, eficaz quando comparado aos tempos da luta pelos direitos civis dos anos 1960. Ou ainda sobre se o hip hop é “o cancro ou a cura”, título da última Ted Talk de Lecrae.

“É uma voz muito importante. E quando fala repercute-se imediatamente nas várias congregações”, assegura Russell Moore, que dirige a Igreja Baptista e escreve regularmente sobre questões de raça e religião. Moore acrescenta que a ascensão de Lecrae acontece num momento em que os evangélicos procuram descortinar “a principal questão, que é a da identidade. Quando falamos em ‘nós’, o que é que isso quer dizer?”

O gospel ou a política

Mark Galli dirige a revista Christianity Today, o principal porta-estandarte dos evangélicos. Para ele, as questões sobre a raça ou sobre ética da justiça são cada vez mais “algo de sagrado” para os jovens. É o que distingue esta geração da dos seus pais ou da dos seus avós. É também o tópico que mais divide a comunidade evangélica quando se trata de saber qual a sua legitimidade para apoiar Donald Trump.

Segundo os dados fornecidos pelo General Social Survey, os jovens evangélicos asseguram que não é com o argumento da “falta de vontade” que se justifica o fosso entre afro-americanos e brancos quanto a emprego, rendimento ou direito à habitação. Lecrae tem vindo a assumir cada vez mais um lugar de destaque, onde a sua voz e, sobretudo, a sua mensagem ganham influência. Mas tal não é livre de controvérsia. Veja-se o que aconteceu no Verão do ano passado, quando o músico desatou a comentar a brutalidade usada pelas forças policiais: depressa se gerou uma onda de contestação nas redes sociais que, imagina ele, terá tido origem nas vozes de evangélicos brancos.

Lecrae recorda que foram muitos os comentadores nacionais que se apressaram a reagir, sugerindo que o músico faria melhor em se manter focado no gospel em vez de se imiscuir na cena política. O próprio também reagiu com um vídeo dirigido “às irmãs e irmãos brancos”.

“Quando fiz posts sobre o aborto, sobre a violência e perseguição de que são alvo os cristãos ou sobre a Planned Parenthood [esta organização norte-americana sem fins lucrativos presta uma série de cuidados de saúde a mulheres, nomeadamente interrupções de gravidez, e é um dos alvos de grupos antiaborto], só recebi mensagens de gratidão e apoio”, diz o rapper num vídeo que deixou na sua página de Facebook e que já foi visualizado 750 mil vezes. “Contudo, quando muito recentemente falei sobre o que acho ser a injustiça social e o autoritarismo, há um sentimento que mais parece de hostilidade... não quero estar a tresler os comentários das pessoas, mas parece-me mesmo que se trata de hostilidade ou então de discursos na defensiva... Será que devo mesmo perceber que sentimento é este?”

Ferguson foi um ponto de viragem para Lecrae. Talvez tenha sido o momento em que foi mais veemente a falar sobre o sistemático ataque aos direitos dos afro-americanos. Foi também nessa altura que falou sobre como a comunidade branca evangélica o chuta para o canto, a mesmíssima comunidade que o ajudou a crescer. “Se clamo em nome dos meus irmãos negros, então só me resta odiar as forças policiais. Digo: ‘Mantenham-se fiéis ao Evangelho!’”.

Zonas cinzentas

Lecrae está agora muito mais na “zona cinzenta”. Movimenta-se num universo de media hiperpolarizado que o requisita a todo o momento. Seja para falar sobre aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, Trump, o quanto Hollywood antagoniza os cristãos... Sob os holofotes, o Lecrae de 2016 defende-se. Ou tenta manter a paz; a forma como o vemos depende sempre da perspectiva de cada um. “Quero que as pessoas se inquietem com os cinzentos. Claro que há preto-e-branco, mas há cada vez mais nuances de cinzento. A Jesus, matatam-no por ser demasiado cinzento”, diz. Nos últimos meses, tem havido vozes nos media cristãos que advogam que Lecrae se anda a vender, que ele não é suficientemente cristão”. Há os que dissecam os seus comentários frisando que ele passou a referir-se a si próprio como “o rapper que por acaso também é cristão”, e não o contrário. Em meados de Maio, Leacre assinou com a Columbia Records — a principal etiqueta da Sony Music — e levantou todo um bruaá sobre como iria ele manter a fé ao lado de artistas como Beyoncé ou Snoop Dog, também representados pela Columbia. Na verdade, a forma como Lecrae tem vindo a falar sobre temas de raça desafia todo o seu espectro de ouvintes, evangélicos ou não. No programa de Metaxas, o músico resumiu a mensagem que tenta passar aos jovens afro-americanos: “Digo-lhes: Vocês precisam de saber perdoar e de justiça, e não apenas de vingança.”

Já de regresso à limousine que o foi transportando naquela manhã, o músico diz que compreende as razões pelas quais os jovens negros americanos não confiam em líderes religiosos, sejam eles brancos ou negros. “Há três décadas que tanto a Igreja como a justiça racial têm estado ausentes das nossas vidas. O ponto em que estamos é este: ‘Não damos pela vossa existência desde os tempos de Martin Luther King!’”

Para algumas figuras públicas afro-americanas, esta posição de Lecrae está longe de ser satisfatória, precisamente por considerarem que ele usa o seu estatuto de forma demasiado dócil e apagada. É o caso de Christena Cleveland, uma académica da Duke University que lecciona sobre Reconciliação e já deu aulas em várias escolas brancas: “Não sei se estarei a ser demasiado dura, mas o próprio Malcolm X tinha uma expressão — ‘mascot-ismo’ — para identificar um grupo que permitia a entrada de outras pessoas sem contudo ser sério na atitude de inclusão. É o que eles são: uma mascote.” “Os estudantes que ouvem Lecrae nos seus dormitórios são os mesmos que protestam contra o Black Lives Matter. Há qualquer coisa a passar-lhes dentro da cabeça que os leva a conseguir separar as duas coisas.” Também há académicos brancos que preferiam ver Lecrae ter uma voz mais audível. Johnson, branca, usa a música de Lecrae durante as suas aulas e já levou os dois filhos adolescentes a espectáculos do rapper. Gosta sobretudo da música Welcome to America, uma canção de protesto sobre a forma como são tratados os imigrantes. “Olho para ele e vejo o quanto poderia, de facto, ser o líder para tantos jovens. Mas o triste é que nem sei se ele próprio percebe que ainda não conseguiu assumir esse papel. Seria mesmo bom se subisse mais um patamar”, diz Johnson.

A acontecer, como seria essa revolução protagonizada por Lecrae? O seu plano para curar a América passa por “unidade, perdão, igualdade, justiça”. Não passa por rebelião ou resistência, afirma o próprio dentro da limousine que o conduz para o centro de Manhattan. “Não vejo isto como uma questão entre brancos e negros. Na Índia, os filipinos são tratados abaixo de humanos. Não é na questão da raça que reside o meu poder de argumentação. Se os negros forem tratados por igual na América, então também eu poderei avançar para o próximo passo.”

Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post