França-Portugal, 2-1 (11-10-2014)

França-Portugal, 2-1 (11-10-2014)

Duas semanas e meia depois de ter sido oficialmente apresentado como novo seleccionador de Portugal, Fernando Santos estreou-se ao leme da equipa nacional com uma derrota: num particular com a França, a selecção foi batida por 2-1. O jogo realizado no Stade de France, em Saint-Denis – precisamente o palco da final do Euro 2016 – marcou um novo início para a equipa.

Numa ruptura com o que tinha sido o passado recente, Fernando Santos trouxe de regresso à selecção nomes como Tiago, Danny, Ricardo Carvalho e Ricardo Quaresma. Foi também o primeiro jogo de Cédric e João Mário, as duas primeiras estreias de um total de 20 que o técnico promoveu desde então.

Portugal entrou mal na partida contra a França e aos três minutos já perdia: Benzema adiantou a equipa da casa, deixando a selecção portuguesa desnorteada. Restabelecido o equilíbrio, a equipa nacional dispôs de algumas oportunidades de golo mas sofreria o 2-0 por Pogba. Porém, alguns minutos depois, o estreante João Mário foi tocado na área e na grande penalidade correspondente coube a Ricardo Quaresma fazer o primeiro golo da “era” Fernando Santos.

Dinamarca-Portugal, 0-1 (14-10-2014)

Poucos dias depois da estreia, Fernando Santos teve o primeiro jogo oficial enquanto seleccionador português. A qualificação para o Euro 2016 tinha começado mal, com uma derrota embaraçosa diante da Albânia, mas o triunfo em Copenhaga permitiu recolocar o apuramento nos carris.

Fernando Santos fez apenas duas alterações no “onze” relativamente à equipa que tinha apresentado diante da França, com Ricardo Carvalho (não era titular na selecção há mais de três anos e meio) e William Carvalho a surgirem como titulares. Mas o protagonismo foi todo para o suspeito do costume: Cristiano Ronaldo marcou um golo providencial já no período de compensação. Estava-se nos 90'+5’ quando o “capitão” saltou mais alto do que Kjaer para corresponder ao cruzamento de Quaresma e cabecear para o golo.

Era também a confirmação de um novo capítulo para Ricardo Quaresma na selecção. Depois do golo à França, a assistência para Cristiano Ronaldo mostrou que o extremo estava de volta aos melhores momentos com a camisola da equipa nacional. Quaresma reentrou nas contas da selecção e continuou a devolver a confiança com boas exibições e golos importantes.

Sérvia-Portugal, 1-2 (11-10-2015)

A selecção portuguesa estava em Belgrado no dia em que passava um ano sobre a estreia de Fernando Santos. O panorama era substancialmente diferente do que aquele que o técnico tinha encontrado: alguns dias antes, a equipa nacional garantira um lugar no Euro 2016 ao vencer a Dinamarca. Na capital sérvia, a selecção somou a sétima vitória consecutiva na qualificação para o Europeu, assegurando o estatuto de cabeça-de-série no sorteio da fase final.

O facto de Portugal já ter garantido um lugar em França permitiu a Fernando Santos ver algumas opções em acção. Nélson Semedo estreou-se com a camisola da selecção e jogadores como Neto ou André André também somaram minutos.

Mas, sem Cristiano Ronaldo, seriam dois velhos conhecidos a resolver a partida. Nani colocou Portugal em vantagem logo aos cinco minutos do encontro, embora a equipa nacional tenha tremido demasiadamente na segunda parte, recuando muito no terreno e acabando por sofrer o golo do empate. Porém, Fernando Santos tinha um trunfo no banco: lançou João Moutinho para o lugar de Miguel Veloso e o médio do Mónaco marcou o golo da vitória, colocando a selecção portuguesa no pote 1 do sorteio para o Euro 2016.

Portugal-Bulgária, 0-1 (25-03-2016)

Restavam menos de três meses para o arranque do Europeu e, em mais um encontro de preparação, Portugal recebia a Bulgária. Mas a selecção não conseguiu evitar uma derrota surpreendente, perante a então 70.ª cotada do ranking da FIFA. Uma desilusão inesperada que de certa forma obrigou a reavaliar as expectativas.

A equipa nacional criou inúmeras oportunidades de golo, incluindo um penálti de Cristiano Ronaldo que o guarda-redes búlgaro travou, mas não conseguiu marcar de forma nenhuma. Stoyanov foi o grande protagonista da noite em Leiria, com várias intervenções importantes a negarem o golo a Portugal.

O encontro também ficaria marcado pela estreia de Renato Sanches pela selecção principal. O jovem médio entrou aos 75’ para o lugar de João Mário, cumprindo os primeiros minutos com a camisola da equipa nacional. E começando a convencer Fernando Santos, que viria a incluí-lo na convocatória para a fase final do Euro 2016, na qual se afirmou como titular e marcou um golo.

Portugal-França, 1-0 (10-07-2016)

Tendo ganho apenas um jogo nos 90 minutos (frente ao País de Gales, nas meias-finais), sem Cristiano Ronaldo em quase toda a final, sem ter deslumbrado em nenhum dos seus jogos durante o Euro 2016, Portugal conquistou pela primeira vez o Campeonato da Europa de futebol. A selecção de Fernando Santos soube esconder as suas fragilidades e aproveitou ao máximo as suas forças. A principal delas a solidariedade dos seus jogadores em campo.

Frente ao país anfitrião, apontado por quase todos como favorito na final da prova, Portugal superou a dificuldade de perder o seu capitão pouco depois dos primeiros 20 minutos do jogo. Apesar da supremacia francesa, a selecção nacional manteve a compostura e levou a partida para o prolongamento onde Éder foi o herói improvável. O avançado português, que tinha saído do banco nos minutos finais dos 90' regulamentares, marcou o golo que desfez a igualdade e deu o triunfo a Portugal.

Notícia corrigida às 14h48 de 11-07-2016. Onde se lia “Sem ter gano um jogo nos 90 minutos”, passou a ler-se “Tendo ganho apenas um jogo nos 90 minutos (frente ao País de Gales, nas meias-finais)”