Os autores do Curtas: reencontros e revelações

Uma das coisas que mais orgulha o Curtas: a construção de uma “rede” de autores que regressam ao longo dos anos. Mas estão sempre à procura de estreias.

Foto

Será das coisas em que o Curtas tem mais orgulho: a construção de uma “rede” de autores que o festival tem seleccionado certeiramente e que têm regressado sistematicamente ao longo dos anos, como o brasileiro Helvécio Marins Jr., o francês Frank Beauvais, o tailandês Apichatpong Weerasethakul, o americano Thom Andersen ou o britânico Ben Rivers.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Será das coisas em que o Curtas tem mais orgulho: a construção de uma “rede” de autores que o festival tem seleccionado certeiramente e que têm regressado sistematicamente ao longo dos anos, como o brasileiro Helvécio Marins Jr., o francês Frank Beauvais, o tailandês Apichatpong Weerasethakul, o americano Thom Andersen ou o britânico Ben Rivers.

Foto
From the Diary of a Wedding Photographer na competição internacional: Nadav Lapid, uma estreia no Curtas

Miguel Dias puxa dos galões para falar do bom “rácio de êxitos” nessa escolha, provado mais uma vez pela longa de abertura deste ano, vinda da Semana da Crítica de Cannes: Diamond Island, longa de estreia do franco-cambojano Davy Chou (sábado 9 às 21h), com múltiplos pontos de contacto com o filme com que Chou venceu o Curtas em 2014, Cambodia 2099.

“Claro que não acertamos em todos, e também não temos uma política de seguir cegamente tudo o que os nossos autores fazem,” diz o director. “Mas estamos sempre à procura de adicionar mais autores à lista, e este ano temos dois de que estamos particularmente orgulhosos.” São eles o israelita Nadav Lapid e o filipino Lav Diaz, nomes que já fazem parte da “primeira categoria” dos festivais internacionais e que estão este ano em estreia na programação do certame com os seus títulos mais recentes.

Lapid, responsável pelo muito falado O Polícia, mostra a média de 40 minutos From the Diary of a Wedding Photographer na competição internacional (programa internacional 2, domingo 10 às 20h00 e terça 12 às 22h30); Diaz, vencedor de Locarno 2014 e recém-premiado em Berlim, traz os 16 minutos (recorde de concisão para um cineasta cuja última obra durava oito horas...) de The Day Before the End no concurso experimental (programa experimental 3, sexta 15 às 18h30).

Miguel Dias faz questão de destacar três apostas fortes dos seleccionadores do concurso. “Há um nome muito evidente, que é o Dustin Guy Defa, que ainda não passou à longa e tem conseguido chamar muito a atenção com as poucas curtas que fez.” O cineasta americano venceu o Curtas na categoria de ficção em 2014 com Person to Person, e mostra este ano a nova Dramatic Relationships (programa internacional 9, domingo 10 às 21h45 e sábado 16 às 22h30).

Foto
The Day Before the End no concurso experimental

“Temos também uma cineasta grega, Konstantina Kotzamani, de quem vamos mostrar duas curtas a concurso, porque não conseguimos escolher entre elas!” (Limbo passa no programa internacional 6, domingo 10 às 18h30 e sexta 15 às 17h00; Yellow Fieber no programa internacional 7, quinta 14 às 20h00 e sexta 15 às 22h30). “Finalmente, a dupla francesa Jonathan Vinel e Caroline Poggi, que ganharam Berlim com a sua curta anterior, Tant qu’il y aura des fusils, e de quem vamos mostrar este ano a nova realização, Notre héritage” (Programa internacional 5, terça 12 às 21h45 e quinta 14 às 22h30).