Eduardo Lourenço e Plantu vencem Prémio Europeu Helena Vaz da Silva
O pensador português e o cartoonista francês são premiados pelo contributo "para a promoção dos valores europeus, da tolerância e da paz"
O ensaísta português Eduardo Lourenço e o cartoonista francês Plantu venceram ex aequo o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, revelou hoje o Centro Nacional de Cultura (CNC).
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O ensaísta português Eduardo Lourenço e o cartoonista francês Plantu venceram ex aequo o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, revelou hoje o Centro Nacional de Cultura (CNC).
O galardão é repartido entre Eduardo Lourenço, “especialista da alma e do imaginário português”, e o cartoonista Jean Plantureux, conhecido como Plantu, pelo contributo “para a promoção dos valores europeus, da tolerância e da paz”, lê-se na nota de imprensa.
No entender do júri do prémio, ambos os vencedores, com linguagens distintas, “têm demonstrado, ao longo dos anos, um compromisso corajoso e contínuo para tornar mais clara a actualidade, e mais fácil a reflexão sobre a sociedade e a defesa do património de valores”.
“É uma consolação para o tempo caótico que vivemos e, para mim, é uma pequena luz ao fundo do túnel da nossa aventura europeia em panne”, afirmou Eduardo Lourenço, 93 anos, numa declaração divulgada pelo CNC.
á Plantu, 65 anos, há mais de 40 anos cartoonista do diário francês Le Monde, e um dos mais conhecidos criadores franceses de cartoon político, afirmou que o desenho pode ser um bom meio para combater a intolerância e o racismo, numa Europa “fragilizada”, onde “muitos há que tendem a fechar-se sobre si próprios”.
O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, que adopta o nome da jornalista, deputada europeia e activista, falecida em 2002, foi criado em 2013, pelo Conselho Nacional de Cultura, em parceria com a organização Europa Nostra e com o Clube Português de Imprensa.
Em edições anteriores, o prémio foi atribuído ao escritor italiano Claudio Magris, ao romancista turco Orhan Pamuk e ao músico e maestro catalão Jordi Savall.
Presidido por Maria Calado, presidente do Centro Nacional de Cultura, o júri integrou Francisco Pinto Balsemão, Guilherme d’Oliveira Martins, João David Nunes, Irina Subotic e Piet Jaspaert, José María Ballester e Marianne Ytterdal.