Para Passos Coelho a CGD não precisa de cinco mil milhões
Numa altura em que a comissão de inquérito à Caixa está prestes a iniciar-se, não há consenso sobre o montante necessário para a recapitalização.
Pedro Passos Coelho não tem um valor certo para dar, porque diz que já não está no Governo, mas tem a certeza que a Caixa Geral de Depósitos não precisa de cinco mil milhões para se recapitalizar. “A caixa não precisa de cinco mil milhões e não precisa de metade disso para cumprir a sua missão”, disse o ex-primeiro-ministro a uma plateia de empresários no International Club de Portugal.
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Pedro Passos Coelho não tem um valor certo para dar, porque diz que já não está no Governo, mas tem a certeza que a Caixa Geral de Depósitos não precisa de cinco mil milhões para se recapitalizar. “A caixa não precisa de cinco mil milhões e não precisa de metade disso para cumprir a sua missão”, disse o ex-primeiro-ministro a uma plateia de empresários no International Club de Portugal.
As palavras de Passos Coelho surgem a poucos dias do início da comissão de inquérito imposta pelo PSD sobre a situação do banco público. E uma das certezas com que os sociais-democratas partem para esse debate é o facto de os não esclarecimentos do Governo “fragilizarem a Caixa”, defendeu.
O líder do PSD explicou que quando estava no governo fez tudo o que podia, e os bancos também, para limpar os balanços e se tivesse sido injectado mais dinheiro na Caixa, teria ido à dívida. Nesse caso, em vez dos 123%, o país teria ficado com uma dívida muito superior. "Nós fizemos a recapitalização com base no envelope financeiro de que dispunhamos e os bancos fizeram uma parte do seu trabalho que foi a limpeza de balanços durante quatro anos", referiu, adiantando que a Caixa "limpou" quase cinco mil milhões de euros em balanço e que, não tendo sido "o ideal", mas que a verdade é que o Estado "não tinha mais do que 12 mil milhões de euros".
Perante o que fez e o que ainda não se sabe o que o Governo vai fazer, Passos Coelho pediu esclarecimentos, porque esta situação fragiliza a Caixa e “fragiliza a posição de todos os outros bancos". "A melhor maneira de deitar abaixo um banco é passar a ideia de que não pode cumprir os seus compromissos”, disse, relembrando o que se passou no Banif. “Se começarmos a criar dúvidas sobre esta matéria, o resultado será grave”, concluiu.