EUA querem incluir contas nas redes sociais no controlo de fronteiras
Redes sociais como o Facebook, Twitter ou Instagram podem passar a ser incluídas no processo de requisição de autorização para entrar no país.
O Governo dos EUA quer incluir as contas de redes sociais dos passageiros no processo de controlo de fronteiras, para obtenção de um visto de entrada no país. A proposta é dos Serviços Aduaneiros e de Protecção das Fronteiras norte-americanos, que sugere que, numa fase inicial opcional, os passageiros indicassem as suas contas nas redes sociais ao preencher o formulário (online ou em versão papel) que é entregue a quem visita os EUA.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Governo dos EUA quer incluir as contas de redes sociais dos passageiros no processo de controlo de fronteiras, para obtenção de um visto de entrada no país. A proposta é dos Serviços Aduaneiros e de Protecção das Fronteiras norte-americanos, que sugere que, numa fase inicial opcional, os passageiros indicassem as suas contas nas redes sociais ao preencher o formulário (online ou em versão papel) que é entregue a quem visita os EUA.
Segundo a proposta, o registo, quer da plataforma quer do nome de utilizador, seria associado ao Sistema Electrónico de Autorização de Viagem (ESTA) e ao formulário I-94 W.
O argumento utilizado pelo Registo Federal norte-americano assenta na premissa de que “recolher dados de redes sociais irá melhorar os processos de investigações e proporcionar ao Departamento de Segurança Interna uma maior clareza e visibilidade de possíveis ameaças e conexões”.
A proposta está neste momento sob consideração e a receber comentários até dia 22 de Agosto. A proposta insere-se num plano “de escrutínio” já anunciado por Washington. Em Dezembro de 2015, o Departamento de Segurança Interna tornou pública a sua intenção depois do tiroteio em San Bernardino, na Califórnia.
Até agora, os programas-piloto que estão a ser seguidos pelo Departamento de Segurança Interna apenas investigam um número limitado de publicações nas redes sociais. O Governo norte-americano não adianta muitos pormenores, uma vez que não quer revelar qual o processo que usa para testar e identificar potenciais ameaças, explica o jornal britânico The Guardian.
Para já, ainda não é claro de que forma as autoridades irão verificar a informação.
Por ano, o Governo norte-americano aprova em média 10 milhões de candidaturas. Só em 2015, os EUA receberam cerca 77,5 milhões de turistas. Criar uma base de verificação de redes sociais de todas as candidaturas significaria uma das maiores bases de dados governamentais.