Bolsas europeias seguem em queda, mas longe do pânico de sexta-feira

Declarações do ministro das Finanças britânico contribuíram para um arranque ligeiramente positivo nos mercados, mas pouco duradouro.

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Incerteza quanto ao futuro deixam investidores pessimistas Rafael Marchante/Reuters

As declarações do ministro das Finanças britânico sobre as consequências do resultado do referendo, que foi favorável a uma saída do Reino Unido da União Europeia, ajudaram os principais índices bolsistas europeus a abrir esta segunda-feira em terreno ligeiramente positivo, mas sem conseguir consolidar essa tendência.

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As declarações do ministro das Finanças britânico sobre as consequências do resultado do referendo, que foi favorável a uma saída do Reino Unido da União Europeia, ajudaram os principais índices bolsistas europeus a abrir esta segunda-feira em terreno ligeiramente positivo, mas sem conseguir consolidar essa tendência.

Os índices europeus, inclusive o londrino FTSE 100, seguiam, às 10 horas, com perdas próximas de 1%. Lisboa também acompanha a tendência das congéneres, ao deslizar 0,5%, numa sessão em que já  fixou novo mínimo de sempre.

O principal índice da bolsa de Madrid, o Ibex 35, iniciou em forte subida, acima dos 3%, apesar da incerteza gerada com o resultado eleitoral mas também já segue a negociar em queda ligeira.

Em declarações feitas antes da abertura dos mercados, o ministro das Finanças, George Osborne, garantiu que o Reino Unido está numa "posição forte" para enfrentar os desafios que implicam o "Brexit".

Segundo a Lusa, o governante disse que o Reino Unido só deve activar o artigo 50 para deixar a União Europeia quando tiver uma "visão clara" do seu futuro.

No mercado cambial, o euro abriu em baixa em Frankfurt, a cotar-se a 1,1039 dólares, contra 1,1115 na sexta-feira. A libra - que terminou na sexta-feira em mínimos de 1995, depois de uma queda de 8% - , segue em queda moderada para 1,34 dólares.

O barril de petróleo Brent, para entrega em Agosto, abriu em alta ligeira, a cotar-se a 48,37 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,06% do que no encerramento da sessão anterior.

Depois da forte subida de sexta-feira, os juros da dívida portuguesa a cinco e dez anos segue em queda, mas a subir no prazo mais curto, a dois anos, a reflectir a incerteza gerada com o resultado do referendo  no Reino Unido, mas também em relação aos resultados eleitorais em Espanha. Os juros a dez anos seguem a negociar a 3,326%, contra 3,331% na sexta-feira.

A dívida espanhola também segue em queda, em todos os todos os prazos.

Na Ásia, a bolsa de Tóquio terminou a subir 2,39% e a de Xangai a ganhar 1,45%.