Bolsas europeias seguem em queda, mas longe do pânico de sexta-feira
Declarações do ministro das Finanças britânico contribuíram para um arranque ligeiramente positivo nos mercados, mas pouco duradouro.
As declarações do ministro das Finanças britânico sobre as consequências do resultado do referendo, que foi favorável a uma saída do Reino Unido da União Europeia, ajudaram os principais índices bolsistas europeus a abrir esta segunda-feira em terreno ligeiramente positivo, mas sem conseguir consolidar essa tendência.
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As declarações do ministro das Finanças britânico sobre as consequências do resultado do referendo, que foi favorável a uma saída do Reino Unido da União Europeia, ajudaram os principais índices bolsistas europeus a abrir esta segunda-feira em terreno ligeiramente positivo, mas sem conseguir consolidar essa tendência.
Os índices europeus, inclusive o londrino FTSE 100, seguiam, às 10 horas, com perdas próximas de 1%. Lisboa também acompanha a tendência das congéneres, ao deslizar 0,5%, numa sessão em que já fixou novo mínimo de sempre.
O principal índice da bolsa de Madrid, o Ibex 35, iniciou em forte subida, acima dos 3%, apesar da incerteza gerada com o resultado eleitoral mas também já segue a negociar em queda ligeira.
Em declarações feitas antes da abertura dos mercados, o ministro das Finanças, George Osborne, garantiu que o Reino Unido está numa "posição forte" para enfrentar os desafios que implicam o "Brexit".
Segundo a Lusa, o governante disse que o Reino Unido só deve activar o artigo 50 para deixar a União Europeia quando tiver uma "visão clara" do seu futuro.
No mercado cambial, o euro abriu em baixa em Frankfurt, a cotar-se a 1,1039 dólares, contra 1,1115 na sexta-feira. A libra - que terminou na sexta-feira em mínimos de 1995, depois de uma queda de 8% - , segue em queda moderada para 1,34 dólares.
O barril de petróleo Brent, para entrega em Agosto, abriu em alta ligeira, a cotar-se a 48,37 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,06% do que no encerramento da sessão anterior.
Depois da forte subida de sexta-feira, os juros da dívida portuguesa a cinco e dez anos segue em queda, mas a subir no prazo mais curto, a dois anos, a reflectir a incerteza gerada com o resultado do referendo no Reino Unido, mas também em relação aos resultados eleitorais em Espanha. Os juros a dez anos seguem a negociar a 3,326%, contra 3,331% na sexta-feira.
A dívida espanhola também segue em queda, em todos os todos os prazos.
Na Ásia, a bolsa de Tóquio terminou a subir 2,39% e a de Xangai a ganhar 1,45%.