Marcus Willis é melhor que ficção
O tenista britânico vai defrontar Roger Federer na segunda ronda de Wimbledon.
Em “Wimbledon”, filme de 2004, Peter Colt (interpretado por Paul Bettany) é um tenista em fim de carreira, depois de cair do 11.º lugar do ranking para fora do "top-100", até que conhece outra tenista, Lizzie Bradbury (Kirsten Dunst), que o motiva a tentar ganhar o torneio. Na 130.ª edição do torneio de Wimbledon, Marcus Willis confirmou que a realidade ultrapassa a ficção. Situado num remoto 772.º posto da tabela ATP, depois de um promissor 15.º lugar no ranking mundial de juniores, o britânico de 25 anos estava determinado a dedicar-se à carreira de treinador, quando a nova namorada o convenceu a tentar uma vez mais. Nesta segunda-feira, no seu primeiro encontro no circuito principal, Willis venceu sem ceder qualquer set e garantiu a presença na segunda ronda de Wimbledon.
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Em “Wimbledon”, filme de 2004, Peter Colt (interpretado por Paul Bettany) é um tenista em fim de carreira, depois de cair do 11.º lugar do ranking para fora do "top-100", até que conhece outra tenista, Lizzie Bradbury (Kirsten Dunst), que o motiva a tentar ganhar o torneio. Na 130.ª edição do torneio de Wimbledon, Marcus Willis confirmou que a realidade ultrapassa a ficção. Situado num remoto 772.º posto da tabela ATP, depois de um promissor 15.º lugar no ranking mundial de juniores, o britânico de 25 anos estava determinado a dedicar-se à carreira de treinador, quando a nova namorada o convenceu a tentar uma vez mais. Nesta segunda-feira, no seu primeiro encontro no circuito principal, Willis venceu sem ceder qualquer set e garantiu a presença na segunda ronda de Wimbledon.
“Está a ficar um pouco fora de controlo, mas estou a divertir-me”, reconheceu Willis, que só tinha disputado um torneio, no início do ano, mas desistiu antes de disputar o terceiro encontro devido a lesão. Depois, conheceu Jennifer Bate e decidiu-se a aproveitar o último lugar disponível no pré-qualifying, reservado a tenistas britânicos, onde venceu três encontros para ganhar um convite para o “verdadeiro” qualifying. Venceu mais três adversários e ganhou o direito a estar no quadro principal de um Grand Slam.
Na estreia ao mais alto nível, o canhoto nascido em Slough derrotou Ricardas Berankis (54.º mundial), por 6-3, 6-3 e 6-4. Dificilmente Willis irá imitar Peter Colt e triunfar em Wimbledon, mas, para já, aos 323 euros ganhos no future de Janeiro, juntou mais 60 mil, que vai dar para mais do que limpar os cartões de crédito com que financiou a carreira. E ganhou ainda o “prémio” de defrontar o heptacampeão Roger Federer.
Num encontro em que não enfrentou qualquer break-point, Federer (3.º) venceu Guido Pella (52.º), por 7-6 (7/5), 7-6 (7/3) e 6-3. Antes, o líder do ranking, Novak Djokovic, dominou o britânico James Ward (177.º), igualmente em duas horas: 6-0, 7-6 (7/3) e 6-4. Eliminados foram já Gael Monfils, Kevin Anderson, Philipp Kohlschreiber e Ana Ivanovic.
Nesta terça-feira (11h30), João Sousa (31.º) abre a jornada do court 5, defrontando Dmitry Tursunov (453.º), enquanto Gastão Elias (92.º) defronta Radu Albot (110.º) no court 19.