Depois das “certezas”, o dia da incerteza
Chegou finalmente o dia do referendo britânico. Gastaram-se os alertas, a demagogia, os apelos brandos ou dramáticos, veneno e populismo, "certezas" e sensatez. Tudo isso, que é sem simultâneo escasso (pelo que não esclareceu) e demasiado (pelo ruído que provocou), é hoje reduzido ao silêncio do voto. Cerca de 46 milhões de britânicos têm nas mãos a "decisão mais importante numa geração" e algo que pode mudar os rumos do Reino Unido e da União Europeia, tal como os conhecemos hoje. Os cenários em caso de saída ou de permanência merecerem, no entanto, ser relidos e revistos (e a isso convidamos os nossos leitores, com os artigos que publicamos, nas edições em papel e online). Sobretudo para conferir as razões de vários receios e avaliar as sementes dos apelos inflamados. Apesar das prometidas sondagens à boca das urnas, só na madrugada ou na manhã de sexta-feira haverá resultados credíveis. Hoje há apenas incerteza.
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Chegou finalmente o dia do referendo britânico. Gastaram-se os alertas, a demagogia, os apelos brandos ou dramáticos, veneno e populismo, "certezas" e sensatez. Tudo isso, que é sem simultâneo escasso (pelo que não esclareceu) e demasiado (pelo ruído que provocou), é hoje reduzido ao silêncio do voto. Cerca de 46 milhões de britânicos têm nas mãos a "decisão mais importante numa geração" e algo que pode mudar os rumos do Reino Unido e da União Europeia, tal como os conhecemos hoje. Os cenários em caso de saída ou de permanência merecerem, no entanto, ser relidos e revistos (e a isso convidamos os nossos leitores, com os artigos que publicamos, nas edições em papel e online). Sobretudo para conferir as razões de vários receios e avaliar as sementes dos apelos inflamados. Apesar das prometidas sondagens à boca das urnas, só na madrugada ou na manhã de sexta-feira haverá resultados credíveis. Hoje há apenas incerteza.