Creative Camp, o festival que não é bem um festival

Isto não é bem um festival, não é bem um workshop e não é bem um “camp”. Então, o que é?

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O 180 Creative Camp regressa para mais uma edição em Abrantes. Depois de já ter passado por Vila Nova de Cerveira, o Creative Camp acampa há três anos em Abrantes. A cidade, do distrito de Santarém, recebe a quinta edição do evento que junta workshops, conversas com artistas, actividades ao ar livre — e tempo livre para os participantes se conhecerem.

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O 180 Creative Camp regressa para mais uma edição em Abrantes. Depois de já ter passado por Vila Nova de Cerveira, o Creative Camp acampa há três anos em Abrantes. A cidade, do distrito de Santarém, recebe a quinta edição do evento que junta workshops, conversas com artistas, actividades ao ar livre — e tempo livre para os participantes se conhecerem.

O festival, que se inicia a 3 de Julho e prolonga-se até dia 10, permite aos participantes deixarem fluir o seu lado mais criativo. Design gráfico, arquitectura, arte, música, vídeo, fotografia, ilustração ou instalação são algumas das áreas que podem ser exploradas.

Este é o grande evento do canal 180, em colaboração com a Câmara Municipal de Abrantes, que completa agora o centenário. Visitar hoje Abrantes não é o mesmo que visitar antes da passagem do Creative Camp: este é um acontecimento único, nas palavras de Luís Fernandes, promotor do evento, porque “há festivais de cinema, há festivais de música, mas não há nenhum ‘camp’ que junte tudo”.

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Alec Dudson

E este “camp” junta mesmo tudo: da “street art”, aos workshops com artistas de renome, numa cidade pronta para ser decorada e remodelada, o 180 Creative Camp convida pessoas de todo o mundo a deixarem as cidades e dirigirem-se a esta cidade, que é o ponto mais central do país.

180 Creative Camp 2016 from Canal180 on Vimeo.

Aqui são promovidas trocas de experiências entre artistas e participantes e, ao contrário do que acontece na maioria dos casos, é mais valorizado o processo de construção e criação do que o produto acabado.

Para isso mesmo existem os “workshops”, com nomes com Sean Dunne, documentarista, que vai partilhar com os participantes a sua fórmula secreta para esquecer as regras, de modo a criar histórias reais e cativantes. Frank Kalero, curador de fotografia, é também um dos destaques e, com ele, é possível estimular novas abordagens através da análise de projectos interactivos.

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Alec Dudson

“Stores Art Attack” é também um dos destaques deste ano. As lojas de comércio tradicional vão ser invadidas por artistas e participantes que vão transformá-las em espaços diferentes e novos durante uma semana.

À noite, a animação continua, com concertos de entrada livre, para todos. DJ Ride, uma referência da música urbana e Serushiô, um duo portuense, que une blues, folk e o rock clássico, vão marcar presença no evento, entre outros artistas.

As palavras de ordem para este festival são colaboração, cruzamento, comunicação e desenvolvimento (individual, colectivo e do território), que se unem para criar um ambiente estimulante, juntando vários criadores, de diversas partes do mundo, no mesmo lugar e espaço temporal.