Governo da Colômbia e FARC prontos para assinar cessar-fogo definitivo
Negociadores em Havana optimistas com o desfecho do processo de paz.
As delegações que representam o Governo de Bogotá e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estão prontas para assinar um cessar-fogo definitivo esta quinta-feira, num derradeiro esforço para fechar o processo negocial que se desenrola em Cuba há quatro anos e assinar um acordo de paz a tempo do feriado de 20 de Julho, dia nacional.
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As delegações que representam o Governo de Bogotá e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estão prontas para assinar um cessar-fogo definitivo esta quinta-feira, num derradeiro esforço para fechar o processo negocial que se desenrola em Cuba há quatro anos e assinar um acordo de paz a tempo do feriado de 20 de Julho, dia nacional.
Segundo os porta-vozes das equipas negociais, o documento que estabelece a cessação definitiva das hostilidades entre a rebelião marxista e as forças governamentais estava “praticamente concluído” ao início da tarde de quinta-feira, e tudo indicava que um comunicado a confirmar que haveria acordo seria divulgado antes do fim do dia. “Esta quinta-feira 23 de Junho estaremos a anunciar o último dia de guerra”, escreveu o representante do Governo, Carlos Lozada, no Twitter. “Só nos falta limar as arestas de um ponto”, informou o negociador das FARC, Pastor Alape, manifestando o mesmo optimismo na conclusão do processo.
Em Julho de 2015, as FARC anunciaram um cessar-fogo unilateral como gesto de boa vontade para a conclusão das conversações para pôr termo a um dos mais longos conflitos da América Latina, que se iniciaram em 2012. Na resposta, o Governo também se comprometeu a suspender a sua campanha de bombardeamento de alvos rebeldes.
Depois de vários avanços e recuos, o processo em curso em Havana conheceu um novo impulso nas últimas semanas, de forma a cumprir o prazo estabelecido para o fim da fase negocial, que é o próximo dia 6 de Julho. Um anterior prazo, fixado a 23 de Março, passou sem que houvesse acordo nos pontos relativos à desmobilização e desarmamento dos guerrilheiros.
O conflito entre as FARC e o Governo, que remonta à década de 60, fez mais de 260 mil vítimas e cerca de 6,6 milhões de desalojados.