Bloco dá nega ao PSD e recusa “denegrir a Caixa”
Os bloquistas acusam os sociais-democratas de quererem “instrumentalizar” uma comissão de inquérito com o objectivo de impedir a recapitalização do banco público.
Nem 24 horas passaram desde que o PSD fez chegar o seu esboço de texto sobre a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos ao Bloco de Esquerda e já ficou claro que os dois partidos não chegarão a acordo sobre o assunto. O Bloco acabou de recusar os princípios que o PSD defende em conferência de imprensa. Tudo porque, disse o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, a intenção do PSD era, em primeiro lugar, “usar o Parlamento para prejudicar a recapitalização da Caixa”.
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Nem 24 horas passaram desde que o PSD fez chegar o seu esboço de texto sobre a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos ao Bloco de Esquerda e já ficou claro que os dois partidos não chegarão a acordo sobre o assunto. O Bloco acabou de recusar os princípios que o PSD defende em conferência de imprensa. Tudo porque, disse o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, a intenção do PSD era, em primeiro lugar, “usar o Parlamento para prejudicar a recapitalização da Caixa”.
O bloquista revelou que o primeiro ponto do texto do PSD passava por querer “avaliar o processo de recapitalização” e que este é um ponto inaceitável para o BE. “Recusamos este puro jogo político”, disse Pedro Filipe Soares. “Visa criar obstáculos à recapitalização”, insistiu.
Os sociais-democratas tinham enviado este domingo à tarde um texto para os bloquistas, mas mantinham a intenção de avançar com uma comissão de inquérito potestativa à Caixa Geral de Depósitos, logo, não necessitando do voto dos bloquistas. Contudo, por ser obrigatório, o partido vai ter de fazer parte dela: “O BE fará parte da comissão de inquérito, mas não estaremos ao lado daqueles que querem instrumentalizar a comissão de inquérito para denegrir a Caixa.”
Como alternativa, o partido vai propor duas coisas, disse o deputado bloquista em conferência de imprensa: em primeiro lugar que avance a auditoria forense, a pedido do Ministério das Finanças, aos créditos em risco concedidos desde 1996, ou seja, um prazo de 20 anos e não apenas de 16, como pretende o PSD. E, em segundo lugar, o BE quer que o Parlamento tenha acesso às conclusões das auditorias que foram realizadas nos últimos anos.