Cúpula da União Europeia vai reunir a 24 de Junho
Reunião coincide com o anúncio do resultado do referendo britânico e destina-se a preparar medidas caso vença o "não".
Na manhã de 24 de Junho, o dia a seguir ao referendo no Reino Unido, a cúpula da União Europeia vai reunir-se para coordenar estratégias caso vença a saída.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Na manhã de 24 de Junho, o dia a seguir ao referendo no Reino Unido, a cúpula da União Europeia vai reunir-se para coordenar estratégias caso vença a saída.
No encontro, cuja data foi avançada pelo El País, estarão os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Conselho Europeu, Donald Tusk, e do Parlamento Europeu, Martin Schulz — além do primeiro-ministro da Holanda, o país que tem a presidência rotativa da UE.
A reunião terá lugar às onze da manhã em Bruxelas e foi planeada quando a ideia dominante era a de que o Reino Unido permanecerá na UE, disseram as fontes ouvidas pelo jornal espanhol.
Perante as sondagens dos últimos dias, que mostram que a maioria do eleitorado poderá votar pela saída, o encontro da cúpula da União vai criar uma estratégia para minimizar o impacte da decisão.
Para o mesmo dia, que é aquele em que o resultado do referendo será anunciado pelo primeiro-ministro David Cameron, o Banco Central Europeu e o Banco de Inglaterra também marcaram reuniões de crise.
Segundo o El País, representantes europeus realizaram esta semana vários encontros destinados a blindar a UE de um choque caso se concretize a saída britânica, que é a segunda economia da União. O teor destas reuniões não transpareceu pois, segundo as fontes ouvidas, o objectivo das instituições é dar uma “imagem de estabilidade” e não de nervosismo, além de não pretenderem dar armas à campanha pela saída.
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, preparou com o governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, um plano conjunto para garantir que há liquidez, em euros e em libras, caso seja necessário, diz a Reuters. Este plano permitirá aos bancos enfrentar uma eventual retirada de fundos em ambas as moedas.