Bebé nascido de mãe em morte cerebral deixou os cuidados intensivos
Lourenço já respira sem qualquer necessidade de suplemento de oxigénio.
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No dia em que completa a primeira semana de vida, Lourenço, o bebé que nasceu com a mãe em morte cerebral no Hospital de São José (Lisboa), deixou os cuidados intensivos, “começou a recuperar o peso ao nascer” e respira “espontaneamente, sem qualquer necessidade de suplemento de oxigénio”.
A informação é avançada no 6.º boletim clínico, uma nota diária que a assessoria do Centro Hospitalar de Lisboa Central (a que pertence o São José) tem divulgado desde que a criança, já conhecida como bebé “milagre”, nasceu.
Lourenço, que está agora nos cuidados intermédios da Maternidade Alfredo da Costa, do mesmo centro hospitalar, tem tido “uma evolução clínica e analítica normal”, refere o boletim. Se tudo correr como estava previsto, o bebé — que nasceu com 32 semanas de gestação e 2350 gramas, quase quatro meses depois de a mãe ter ficado em morte cerebral na sequência de uma hemorragia intracerebral — terá alta por volta das 35 semanas.
Foi a mãe, que chegou a saber qual era o sexo da criança quando fez uma amniocentese no início da gravidez, que quis chamar-lhe Lourenço. Quando o bebé nasceu, o pai decidiu acrescentar-lhe um segundo nome, Salvador. “Ele conseguiu salvar-se”, explicou ao jornal online Observador.
O pai do bebé já deixou claro que quer ser ele a cuidar da criança, eventualmente com a ajuda dos avós. Quando o filho nasceu, ao fim de 15 semanas de emoções contraditórias e muitas incertezas, chorou e decidiu: “É agora que vou dar um rumo à minha vida.”
As primeiras imagens da criança foram divulgadas pelo jornal britânico Daily Mirror neste fim-de-semana.
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