Critical Software instala-se na Baixa do Porto

Empresa sai no final do Verão do TecMaia – onde ficará a Critical Manufacturing – e vai para a antiga sede da EDP renováveis, na Baixa.

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Os novos escritórios da Critical ficam a poucos metros da estação de metro da Trindade NELSON GARRIDO

Grande parte do antigo edifício da EDP Renováveis, na Rua do Bonjardim, no Porto, vai ser ocupado pela Critical Software, no final do Verão. A unidade que actualmente funciona no TecMaia vai ser transferida, permitindo que uma outra empresa do grupo também instalada neste pólo de serviços da Zona Industrial da Maia ocupe as instalações que ficarão vagas. O líder e co-fundador da Critical, Gonçalo Quadros, está entusiasmado com a mudança para o centro do Porto, e espera num ano e meio duplicar, para cerca de duzentos, o número de pessoas, qualificadas, a trabalhar nos novos escritórios junto ao largo do Dr. Tito Fontes e a poucos metros da estação de metro da Trindade.

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Grande parte do antigo edifício da EDP Renováveis, na Rua do Bonjardim, no Porto, vai ser ocupado pela Critical Software, no final do Verão. A unidade que actualmente funciona no TecMaia vai ser transferida, permitindo que uma outra empresa do grupo também instalada neste pólo de serviços da Zona Industrial da Maia ocupe as instalações que ficarão vagas. O líder e co-fundador da Critical, Gonçalo Quadros, está entusiasmado com a mudança para o centro do Porto, e espera num ano e meio duplicar, para cerca de duzentos, o número de pessoas, qualificadas, a trabalhar nos novos escritórios junto ao largo do Dr. Tito Fontes e a poucos metros da estação de metro da Trindade.

Depois de ter criado com as empresas tecnológicas Blip e Farfetch a associação Porto Tech Hub, Gonçalo Quadros acredita que esta mudança da Critical Software para a Baixa do Porto ajudará a aumentar a visibilidade da cidade, que se tem assumido, com iniciativas várias, como um pólo de geração, desenvolvimento e apoio ao crescimento de novos negócios nas indústrias criativas e na área tecnológica. “Temos de estar perto das melhores universidades em Portugal”, acrescenta, assinalando que o centro do negócio da empresa - presente, em Portugal, em Coimbra (sede) e com uma equipa de 25 pessoas em Lisboa -  são “as pessoas, o talento, a qualificação”.

Neste momento trabalham na Critical no Tecmaia cerca de 150 pessoas, embora um terço destas passe grande parte do tempo fora das instalações, a trabalhar com os clientes. No Porto, a empresa arrendou quatro pisos do edifício onde funcionou a EDP Renováveis e também a Edinfor, ambas do grupo EDP, e segundo Gonçalo Quadros o espaço disponível permite acomodar o crescimento da actividade (quase toda para clientes internacionais), e de colaboradores, previsto. Em contrapartida, na Maia, a Critical Manufacturing, que já estava a fazer alguma ginástica para inventar espaço para as cem pessoas que emprega, vai alargar-se para as instalações libertadas pela principal empresa do grupo.

A Critical Manufacturing – unidade fundada por antigos quadros da Quimonda e à qual a Critical se associou – trabalha com indústrias de alta tecnologia, e tem uma actividade marcadamente global, com subsidiárias em Dresden, na Alemanha, Suzhou, na China, Austin, nos EUA e um escritório comercial em Taiwan. “Eles têm necessidade de crescer. Nós, na Critical Software também. Como isto, na Maia, é um meio industrial, faz sentido eles permanecerem aqui, e faz sentido que nós passemos para o centro do Porto, onde o ambiente está vibrante na área das tecnológicas”, explica Rui Barreira, gestor operacional de uma das equipas da Critical.

Com a mudança para o Porto, este quadro da empresa começou a procurar casa na Baixa da cidade e diz estar já a sentir na pele um dos problemas que têm sido notícia, recentemente, e que surge associado ao boom do turismo: a especulação imobiliária. Mas admite que a localização escolhida teve em conta as questões da mobilidade e, com a estação de metro da Trindade a poucos minutos de distância, os colaboradores da Critical têm a hipótese de procurar habitação a custos mais acessíveis junto a outros pontos da rede, mais afastados do centro.

Quem vai ficar a ganhar com esta mudança é o Silo-Auto, localizado a poucos metros do edifício escolhido. Segundo Rui Barreira, a Critical vai ficar com alguns lugares no parque e já acordou um preço especial para os quadros que pretendam continuar a usar o transporte individual para chegar ao trabalho.  “As pessoas quando vieram para o Tecmaia montaram as suas vidas em torno deste espaço. Todas elas vêm de carro, como se vê no parque de estacionamento, que está cheio, e a mudança para uma vida com transporte público, apesar de ser positiva, pode não funcionar para toda a gente”, argumentou.

Gonçalo Quadros espera que esta mudança acabe por ser positiva para toda a equipa, que passa a ter acesso a um meio de transporte sustentável, e a todos os serviços existentes no centro do Porto, onde se vem formando um ecossistema favorável à inovação, às start up’s (que tem no Pólo Tecnológico da Universidade do Porto, o UPTEC, o melhor exemplo) mas também aos negócios em fase de crescimento, os Scale Up, para os quais a cidade montou uma estratégia de apoio, na qual a Critical pode ter, também, um papel. Entre a captação de talentos e a associação a novos projectos, como parceiro ou fornecedor de serviços, a empresa vê a Baixa como o melhor sítio para se instalar, e está só à espera que terminem as obras de remodelação no edifício para se mudar para a nova casa.