Receitas dos operadores com pacotes de serviços subiram para 415 milhões

Em Março o número de famílias com pacotes de serviços de telecomunicações chegou aos 3,3 milhões. PT tem 40,4% do mercado e Nos está perto, com 39,7%.

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A receita média mensal das empresas com cada cliente subiu 5% para 42,28 euros JOSÉ sARMENTO mATOS

No final de Março já existiam 3,3 milhões de clientes de telecomunicações com pacotes de serviços, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). O número representa um aumento 8,3% na comparação com o mesmo período de 2015 e de 1,7% se olharmos para o final do ano passado, em que se contabilizavam 3,25 milhões de subscritores de serviços em pacote.

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No final de Março já existiam 3,3 milhões de clientes de telecomunicações com pacotes de serviços, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). O número representa um aumento 8,3% na comparação com o mesmo período de 2015 e de 1,7% se olharmos para o final do ano passado, em que se contabilizavam 3,25 milhões de subscritores de serviços em pacote.

No primeiro trimestre, as receitas das empresas de telecomunicações com este tipo de oferta aumentaram 15% face ao período homólogo, chegando aos 415 milhões (acima dos 390 milhões registados no último trimestre de 2015) e a receita média mensal por subscritor atingiu 42,28 euros, acima da receita média de 40,61 euros registada em 2015.

À semelhança do que já tinha acontecido em meses anteriores, o crescimento foi possível graças ao segmento “5P” (televisão, telefone fixo e móvel, banda larga fixa e móvel), que conquistou 30 mil novos clientes (mais 2,4%) entre Janeiro e Março.

Estas ofertas, que segundo o regulador já representam 53% das receitas totais, garantiram aos operadores vendas de 220 milhões de euros (mais 30%).

Segundo a Anacom, também a versão dos pacotes com três serviços (televisão, internet e telefone fixo) registou um aumento expressivo de clientes: 24 mil serviços (1,8%), mas as receitas declinaram cerca de 5% para aproximadamente 130 milhões de euros.

Em termos de quotas de mercado, a Meo (da PT Portugal/Altice) era o prestador com maior quota de clientes de serviços em pacote (40,4%), seguindo-se a Nos (39,7%), a Vodafone (14,5%) e o grupo APAX (Cabovisão/ONI com 5,4%).

Na repartição das receitas, a MEO tinha uma quota de 43,6%, seguindo-se a Nos, com uma fatia de 39,4% dos ganhos. A Vodafone, que foi a empresa que conquistou maior número de subscritores no primeiro trimestre, obteve 12,4% das receitas e o grupo APAX, 4,5%.

A Nos liderava em clientes e receitas nas modalidades “2P”, “3P” e “4P”, enquanto a Meo era líder na modalidade que mais cresceu: o “5P”.

A Anacom cita ainda o Barómetro de Telecomunicações da Marktest para dizer que houve “um aumento significativo [8,1%] dos clientes de serviços em pacote que manifestaram intenção de mudar de prestador nos próximos três meses”.

Entre aqueles que não manifestaram essa intenção (65%), “cerca de um terço indicou o período de fidelização como motivo” para permanecer com o mesmo prestador.