“Quem tem o guarda-chuva é o primeiro-ministro de esquerda”
Numa grande festa portuguesa na região de Paris, Marcelo voltou ao elogio aos portugueses. “O povo português é melhor do que os seus políticos”, disse. Mas foi António Costa que o protegeu da chuva intensa que caía enquanto discursava.
O cantor popular Luís Filipe Reis já tinha dito, no seu espectáculo na Festa da Rádio Alfa – um dos maiores eventos de emigrantes portugueses na região de Paris –, que “os portugueses cá fora são os melhores e agora o senhor Presidente deu-me razão”. E o tom de elogio manteve-se quando o espectáculo do cançonetista foi interrompido para os discursos do primeiro-ministro e do chefe de Estado. Em palco, perante milhares de pessoas que os ouviram debaixo de chuva, Costa e Marcelo puxaram pelo orgulho e pela selecção nacional.
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O cantor popular Luís Filipe Reis já tinha dito, no seu espectáculo na Festa da Rádio Alfa – um dos maiores eventos de emigrantes portugueses na região de Paris –, que “os portugueses cá fora são os melhores e agora o senhor Presidente deu-me razão”. E o tom de elogio manteve-se quando o espectáculo do cançonetista foi interrompido para os discursos do primeiro-ministro e do chefe de Estado. Em palco, perante milhares de pessoas que os ouviram debaixo de chuva, Costa e Marcelo puxaram pelo orgulho e pela selecção nacional.
“Somos grandes, os portugueses, porque nos fizemos sempre contra o vento e contra a chuva, e eu vou manter-me aqui à chuva para verem que o Presidente está convosco”, proclamava o chefe de Estado quando a água começou a cair mais intensamente: “Não somos um povo que se fizesse com a sorte, mas apesar da sorte. Foi o povo que fez Portugal. O melhor de Portugal é o povo. O povo é melhor do que os políticos”.
Nessa altura, António Costa aproxima-se de Marcelo para o proteger com um grande guarda-chuva onde se lê “Fidelidade”. O chefe de Estado sorri e diz: “Reparem que quem tem o guarda-chuva é o primeiro-ministro de esquerda. E quem apoia é o Presidente que veio da direita”. Minutos depois, Marcelo dispensa Costa, dizendo que já não chovia. E prossegue o discurso retomando o apelo que o primeiro-ministro fizera um pouco antes: “Vamos apoiar a nossa equipa [selecção nacional] e vamos apoiar a equipa que é o nosso país”, diz, elevando a voz por cima dos gritos “Portugal, Portugal” dos milhares de emigrantes e luso-descendentes presentes.
António Costa tinha falado antes, quando ainda não chovia. Anunciou para breve o primeiro espaço do cidadão na região de Paris e o avanço nas conversações sobre o ensino da língua portuguesa no sistema de ensino francês. E puxou pelo apoio a Portugal no Europeu de futebol: “A selecção nacional não está a jogar no estrangeiro porque aqui, junto da comunidade portuguesa, está a jogar em casa e é em casa que vai ganhar”.
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