A Alemanha fugiu à regra das vitórias económicas

Selecção germânica iniciou o Euro 2016 com um triunfo sobre a Ucrânia por 2-0. Os guarda-redes das duas selecções estiveram em bom plano, num jogo em que Schweinsteiger entrou para marcar.

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Toni Kroos fez a assistência para o primeiro golo alemão Reuters

Pela primeira vez neste Euro 2016, houve uma selecção que conseguiu ganhar por mais do que um golo de diferença. O autor dessa pequena proeza foi a Alemanha, que triunfou em Lille sobre a Ucrânia por 2-0, em jogo da primeira jornada do Grupo C. Mas foi por uma questão de minutos, porque a tranquilidade germânica só surgiu mesmo no tempo de compensação graças ao sentido de oportunidade de Bastian Schweinsteiger. Não fosse o (ainda) médio do Manchester United e a “mannschaft” teria de dividir a liderança do agrupamento com a Polónia, que venceu por 1-0 a Irlanda do Norte.

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Pela primeira vez neste Euro 2016, houve uma selecção que conseguiu ganhar por mais do que um golo de diferença. O autor dessa pequena proeza foi a Alemanha, que triunfou em Lille sobre a Ucrânia por 2-0, em jogo da primeira jornada do Grupo C. Mas foi por uma questão de minutos, porque a tranquilidade germânica só surgiu mesmo no tempo de compensação graças ao sentido de oportunidade de Bastian Schweinsteiger. Não fosse o (ainda) médio do Manchester United e a “mannschaft” teria de dividir a liderança do agrupamento com a Polónia, que venceu por 1-0 a Irlanda do Norte.

Não se pode dizer que a Alemanha estivesse na sua máxima força para este arranque deste Europeu, com muitas baixas na defesa, a principal de todas Mats Hummels, o central que irá jogar no Bayern a partir da próxima temporada. O desaire com a Eslováquia (3-1) no último particular também não era um bom presságio. E Joachim Löw só tem de agradecer ao seu guarda-redes Manuel Neuer não se ter visto a perder logo aos 4’. Fedetskiy ganha uma bola a Julian Draxler, faz um passe atrasado para Konoplyanka e o homem do Sevilha dispara na direcção das redes germânicas, onde estava Neuer para desviar.

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O campeão mundial começava o jogo a sofrer e não seria o único momento em que tal aconteceu na primeira parte. Mas conseguiu ter alguma margem de manobra aos 19’. Um livre de Toni Kroos leva a bola até à área ucraniana, onde Mustafi cabeceia para o fundo da baliza de Pyatov – ele, que tinha sido uma opção de recurso no centro da defesa face à lesão de Hummels. Não muito depois, aos 27’, a Ucrânia voltou a assustar, com Kacheridi, numa bola aérea, a obrigar Neuer a mais uma grande defesa.

Neuer não era o único guarda-redes a brilhar. Do lado ucraniano, Pyatov fazia os impossíveis para evitar mais golos alemães, como num contra-ataque em que Sami Khedira, aos 29’, surge isolado, mas não consegue bater o guarda-redes do Shaktar Donetsk. Uma rara falha de Neuer aos 37’ por pouco não dá o empate. Um desentendimento com Jérôme Boateng deixa a bola passar, mas o central do Bayern consegue impedir o golo em cima da linha.

A segunda parte foi de domínio mais intenso da Alemanha e de menor ambição ofensiva ucraniana. Sem grande contribuição das suas maiores armas, Konoplyanka e Yarmolenko, a Ucrânia teve de contar com a solidez da sua defesa, os reflexos do seu guarda-redes e os ferros da sua baliza para se manter no jogo. Kroos esteve bem perto de aumentar a vantagem alemã aos 51’, com um remate à trave, naquela que foi a melhor hipótese da Alemanha na segunda parte.

O domínio não se materializava em golos e a Alemanha esteve bem perto de sofrer o mesmo destino da Inglaterra no dia anterior, frente à Rússia. Aos 88’, Mustafi, o autor do golo, faz um atraso disparatado após um pontapé vindo da outra baliza, mas Neuer reage bem e não deixa que o avançado da Ucrânia consiga chegar à bola. Depois do susto, a tranquilidade aconteceu já em período de compensação. Özil lança Bastian Schweinsteiger, acabado de entrar, e o médio do Manchester United aproveita para fazer o 2-0, ele que não fazia um jogo competitivo desde 20 de Março.

Nem o próprio Schweinsteiger acreditava que podia ter um papel tão importante em tão poucos minutos, até porque pouco jogou durante esta época nos “red devils” e a chamada para este Euro era um grande ponto de interrogação devido às lesões que sofreu: “É incrível. Depois de todas as lesões, acontecer isto... Não consigo jogar 90 ou 120 minutos, mas sinto que posso jogar. Sinto-me bem e se conseguir manter-me saudável acho que vou jogar mais.” E nem sequer era este o impacto que Joachim Löw esperava que o veterano médio tivesse no jogo: “Só o fizemos entrar para ver se as coisas acalmavam.”