Provedor da STMP lança Marco António como candidato do PSD ao Porto em 2017

António Tavares coloca-se completamente fora da corrida à Câmara do Porto. Diz que não quer ficar “refém de máquinas partidárias nem de jogos tácticos”.

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António Tavares considera tão provável vir a ser presidente da Câmara do Porto como vir a treinar o Manchester United Fernando Veludo/NFactos

O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares, coloca-se fora da corrida à Câmara do Porto e lança o nome de Marco António Costa, vice-presidente do PSD, para disputar as autárquicas com o independente Rui Moreira, em 2017.

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O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), António Tavares, coloca-se fora da corrida à Câmara do Porto e lança o nome de Marco António Costa, vice-presidente do PSD, para disputar as autárquicas com o independente Rui Moreira, em 2017.

“Marco António Costa tem todas as condições para poder ser um bom candidato ao Porto” nas eleições autárquicas, disse António Tavares, um dos nomes que têm sido apontados com alguma insistência para liderar a lista social-democrata ao Porto.

Depois de garantir que “nunca" será candidato à Câmara  do Porto, o também presidente do plenário da concelhia do PSD sai em defesa de uma candidatura de Marco António, que já foi vice-presidente de Luís Filipe Menezes na Câmara de Gaia. E Tavares não poupa nos elogios ao vice-presidente do partido.

“Acho que Marco António Costa é um militante que pode ser candidato à Câmara do Porto, à Câmara de Gaia, a qualquer câmara. Tem estatuto, é vice-presidente do partido, é natural da região, as pessoas conhecem-no. Foi líder da distrital e tem todas as condições para poder ser um bom candidato ao Porto”, disse aos jornalistas no final de uma visita ao centro histórico da cidade, promovida pela concelhia portuense do PSD.

Tavares não ignora que o seu nome tem sido apontado para a câmara. “Já ouvi falar disso e queria dizer, de uma maneira muito clara, que neste momento todo o meu empenho é à volta do projecto da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Acho que sou útil ao Porto no trabalho que estou a fazer na Misericórdia. A questão da Câmara do Porto é uma questão que vai ter vários andamentos, nomeadamente internos do PS. Acredito que só depois do Orçamento do Estado [de 2017] é que o PSD se vai dedicar a isso”.

Tavares começa por dizer que, como militante do PSD, estará “sempre disponível” e que “ninguém pode descartar nada na vida, ninguém que seja sério pode dizer hoje 'não'", mas logo afasta qualquer candidatura. “Sinceramente pôr-me a questão da Câmara do Porto é a mesma coisa que me convidarem para ir treinar o Manchester, é uma coisa que não vai acontecer”, acrescenta.

Deixando claro que não que ficar “refém nem de máquinas partidárias nem de jogos tácticos”, o dirigente concelhio resguarda-se, diz que “o PSD tem muitos militantes com prestígio, há militantes com força, a começar no Marco António Costa, que é um bom militante e que tem perfil para fazer muitas coisas”. Fala depois do presidente demitido da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Emídio Gomes, para dizer que “é um nome com força, está ligado à Universidade do Porto e ao Futebol Clube do Porto, do qual é vice-presidente”. Desvaloriza o facto de não ser conhecido do grande público e refere que “Lopetegui também não era conhecido antes de chegar ao FC do Porto”.

O provedor da SCMP subscreveu há dias uma carta assinada por vários militantes do PSD, que defendem que as eleições na distrital, liderada por Virgílio Macedo, devem ser antecipadas. “O que nós fizemos com essa carta foi chamar a atenção que o ano de 2017 é muito importante e que seria importante que a comissão política tivesse um mandato devidamente legitimado, uma vez que Virgílio Macedo, nos termos estatutários, não terá possibilidade de se recandidatar", declarou Tavares, revelando que conversou já com Macedo e que este lhe garantiu que “as coisas se iriam desenvolver de uma forma natural". "E eu acredito na palavra dele", comenta.

António Tavares integrou ontem uma delegação de personalidades do PSD que visitaram o centro histórico do Porto, uma zona que os sociais-democratas consideram “desertificada” e que está “fora das preocupações” do presidente da câmara. “Este problema não se resolve nem com festas nem com festarolas nem com fogo de artifício, mas sim com política de reabilitação urbana”, atira o líder concelhio, Miguel Seabra, numa alusão a Rui Moreira. “Só se preocupa com o turismo”, critica o social-democrata.