Portugal e Marrocos formalizam acordo para estudar interligação eléctrica

Estudo de viabilidade de construção de um cabo submarino que permita a Portugal exportar electricidade pelo sul do país vai custar 400 mil euros.

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O ministro da Economia assinou um acordo com o ministro da Energia, Minas, Água e Ambiente marroquino, Abdelkader Amara Daniel Rocha

O ministro da Economia, Caldeira Cabral, defendeu esta quarta-feira a viabilidade da interligação eléctrica entre Portugal e Marrocos, considerando que o acordo para avançar com os estudos deve servir de exemplo aos países da Europa.

"A integração do mercado energético é do interesse nacional, é algo que o país tenta reforçar há muito. Sempre se pensou que seria por França, mas Marrocos é uma oportunidade muito interessante", declarou Caldeira Cabral, após a assinatura do acordo com o ministro da Energia, Minas, Água e Ambiente do Reino de Marrocos, Abdelkader Amara, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia, Caldeira Cabral revelou estar confiante que a auto-estrada da energia, como designou a interligação eléctrica entre Marrocos e Portugal, deverá receber luz verde dos estudos que vão avançar de imediato, com resultados previstos para o final do ano.

Em causa está a viabilidade técnica e financeira da construção de uma interligação que permita exportar e importar electricidade, através de um cabo submarino que ligará os dois países, que considerou ser "um projecto realista".

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O ministro da Economia, Caldeira Cabral, defendeu esta quarta-feira a viabilidade da interligação eléctrica entre Portugal e Marrocos, considerando que o acordo para avançar com os estudos deve servir de exemplo aos países da Europa.

"A integração do mercado energético é do interesse nacional, é algo que o país tenta reforçar há muito. Sempre se pensou que seria por França, mas Marrocos é uma oportunidade muito interessante", declarou Caldeira Cabral, após a assinatura do acordo com o ministro da Energia, Minas, Água e Ambiente do Reino de Marrocos, Abdelkader Amara, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia, Caldeira Cabral revelou estar confiante que a auto-estrada da energia, como designou a interligação eléctrica entre Marrocos e Portugal, deverá receber luz verde dos estudos que vão avançar de imediato, com resultados previstos para o final do ano.

Em causa está a viabilidade técnica e financeira da construção de uma interligação que permita exportar e importar electricidade, através de um cabo submarino que ligará os dois países, que considerou ser "um projecto realista".

"Esta oportunidade é muito importante para Portugal. Não nos podemos resignar à ideia que vivemos numa península", afirmou, realçando que "o avanço com Marrocos é um exemplo de cooperação que deve ser visto pelos países da Europa que têm tido menos empenho" no investimento de interligações.

Há muitos anos existem planos para a criação de um mercado europeu de electricidade, que implica vencer os Pirenéus, para a energia circular entre a Península Ibérica e o resto da Europa.

Nos últimos meses, Portugal e Marrocos intensificaram a cooperação na área da energia, o que culminou com um acordo para a realização de estudos de uma interligação eléctrica, com um investimento estimado de 400 mil euros.

"É um sinal claro de que a cooperação entre países é possível, que deve ser um exemplo que deve avançar", declarou o governante, acrescentando que "a expectativa é ter os estudos prontos até ao final do ano para no próximo ano poder ser implementado no terreno".

Já o ministro da Energia de Marrocos realçou as "excelentes relações políticas e económicas" entre os dois países, considerando que a interconexão é "uma mensagem importante para a comunidade internacional".

Portugal tem actualmente um excesso de produção de energia eléctrica, sobretudo renovável, enquanto Marrocos apresenta uma elevada taxa de consumo de electricidade, a par de um ambicioso plano de investimentos na área das energias renováveis até 2030.