“Cargo de Paulo Portas não tem nada que ver com o de Jorge Coelho”
António Mota, presidente da Mota-Engil, esclarece funções a assumir pelo ex-vice primeiro-ministro.
O ex-vice-primeiro-ministro e ex-presidente do CDS-PP Paulo Portas vai dinamizar a criação de um conselho estratégico para a América Latina e apoio à internacionalização que tem como objectivo encontrar oportunidades de negócio e delinear estratégias de crescimento em mercados onde a Mota-Engil ainda não tenha presença naquela região do globo, explicou ao PÚBLICO o presidente do conselho de administração do grupo, António Mota.
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O ex-vice-primeiro-ministro e ex-presidente do CDS-PP Paulo Portas vai dinamizar a criação de um conselho estratégico para a América Latina e apoio à internacionalização que tem como objectivo encontrar oportunidades de negócio e delinear estratégias de crescimento em mercados onde a Mota-Engil ainda não tenha presença naquela região do globo, explicou ao PÚBLICO o presidente do conselho de administração do grupo, António Mota.
Essas oportunidades serão "onde for possível, e é por isso que é importante desenhar estratégias”, continua o presidente do conselho de administração do grupo, António Mota, justificando, assim, a contratação do ex-vice-primeiro-ministro, poucos meses depois de ter cessado funções políticas e de liderança do CDS-PP.
Querendo marcar bem as diferenças entre o papel que teve – e ainda tem – o ex-governante socialista Jorge Coelho e o que vai assumir Paulo Portas, o presidente do grupo nortenho lembrou que a Mota-Engil continua a ter um conselho estratégico, um órgão consultivo ligado à internacionalização do grupo e que esse continua a ser presidido pelo ex-ministro socialista Jorge Coelho.
“Há para aí muita confusão. O cargo do dr. Paulo Portas não tem nada que ver [com o que tem Jorge Coelho]”, esclarece António Mota. “Queremos replicar essa estrutura, mas à escala da América Latina, uma região que consideramos estratégica e onde queremos encontrar oportunidades, sobretudo em países onde ainda não temos presença. Esse é o desafio”, acrescenta.
Jorge Coelho chegou a ter funções executivas na Mota-Engil, tendo assumido a presidência da comissão executiva durante quase cinco anos, período em que tentou levar à prática a estratégia de crescimento que gizou para o grupo, para o período 2009-2013 (a que chamou “Ambição 2013”,quando foi contratado em 2008). Cessou essas funções executivas em Janeiro de 2013, dizendo ter cumprido a sua missão. No entanto, permanece no órgão consultivo. A contratação de Paulo Portas, com o estatuto de consultor do grupo de construção, foi conhecida esta segunda-feira.