Maioria dos empresários do alojamento local arrenda no máximo duas casas
Associação do Alojamento Local em Portugal diz que a maioria aproveita imóveis que já tinha
Até Março, os dados oficiais indicavam que o Turismo de Portugal tinha já 24.940 casas registadas, o valor mais alto de sempre. Em Dezembro de 2014, altura em que entrou em vigor o novo regime jurídico desta actividade, havia 2579 casas. O aumento de registos está relacionado com a nova lei, criada com a intenção de reduzir o arrendamento não declarado. Nos primeiros seis meses da sua entrada em vigor era no Algarve que se concentrava 55% da oferta de casas para turistas.
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Até Março, os dados oficiais indicavam que o Turismo de Portugal tinha já 24.940 casas registadas, o valor mais alto de sempre. Em Dezembro de 2014, altura em que entrou em vigor o novo regime jurídico desta actividade, havia 2579 casas. O aumento de registos está relacionado com a nova lei, criada com a intenção de reduzir o arrendamento não declarado. Nos primeiros seis meses da sua entrada em vigor era no Algarve que se concentrava 55% da oferta de casas para turistas.
De acordo com a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), 82% dos proprietários têm, no máximo, duas casas registadas como alojamento local. Eduardo Miranda refere que “em geral aproveitaram imóveis que já tinham” e exercem a “actividade de receber os turistas”. Não estão na corrida por mais casas, garante. “Só querem e só têm capacidade para retirar algum rendimento extra de imóvel que, em geral, já compraram há algum tempo”.
Nas duas freguesias de Lisboa onde a ALEP diz estar mais concentrada a oferta, o peso de AL no total das habitações é de 12 a 15% (na freguesia de Santa Maria Maior) e 9 a 12% na Misericórdia. “Em 2011 em Santa Maria Maior 32,4% dos imóveis estavam vagos e 50,3% a precisar de obras de remodelação. Havia um enorme potencial por aproveitar sem afectar a habitação. E estes são os preferidos, em especial dos franceses”, diz Eduardo Miranda.