Autarcas laranjas atribuem prémio do poder local a Artur Trindade

Antigo autarca de Porto de Mós foi secretário geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses durante 27 anos, tendo cessado funções em 2013.

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Artur Trindade filho chegou a ser confundido com o pai, agora homenageado Pedro Cunha/Arquivo

Instituído este ano pelos Autarcas Sociais Democratas (ASD), o primeiro Prémio Poder Local foi atribuído ao antigo presidente do município de Porto de Mós, Artur Trindade. O ex-autarca desempenhou também o cargo de secretário-geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) ao longo de 27 anos, função que cessou no final de 2013.

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Instituído este ano pelos Autarcas Sociais Democratas (ASD), o primeiro Prémio Poder Local foi atribuído ao antigo presidente do município de Porto de Mós, Artur Trindade. O ex-autarca desempenhou também o cargo de secretário-geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) ao longo de 27 anos, função que cessou no final de 2013.

No ano em que assinala 40 anos de poder local, Artur Trindade recebeu o prémio no sétimo congresso nacional dos ASD pela “defesa do municipalismo em Portugal” e pela forma “fervorosa como defendeu os atentados à autonomia do poder local”. A votação para o homenageado foi unânime. Antes, já tinham desfilado pelo palco do Conservatório de Música de Coimbra, onde decorreu o congresso, cerca de 30 ex-autarcas do PSD, de Chaves a Monchique, também reconhecidos pelo partido. 

Além de funções na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o social-democrata assumiu ainda funções no mundo empresarial. Foi membro do conselho de administração da Estradas de Portugal e teve também, mais recentemente, actividade como consultor da EDP, entre outras actividades. Este último cargo esteve envolto em polémica há pouco mais de um ano. Consultor da EDP desde 2013, o seu filho, que também se chama Artur Trindade, assumiu a secretaria de Estado da Energia de Pedro Passos Coelho em 2012. A denúncia partiu então do empresário Manuel Champalimaud que dizia, citado pela Lusa, que a EDP soube defender-se “politicamente” da contribuição extraordinária do sector energético, dando como exemplo a contratação do pai do secretário de Estado da Energia.

Também à Lusa, a EDP referia então que Artur Trindade, agora homenageado, desempenhava funções como consultor externo desde 2013, no âmbito do comité das autarquias, criado em 2012. "Essas pessoas devem achar que os pais mandam nos filhos, mas eu não mando em ninguém", respondia o ex-autarca.